O evento de entrega acontece no auditório do Hemocentro de Belo Horizonte 

Na próxima sexta-feira, 7 de fevereiro, a partir das 11h, profissionais de hemoterapia e hematologia brasileiros e pacientes do ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte estarão reunidos para a apresentação do FenotCard, um cartão que será entregue aos pacientes com Doença Falciforme inscritos no REDS-IV-P (Retrovirus Epidemiology Donor Study).

O cartão contém a fenotipagem eritrocitária de cada paciente e tem como objetivo auxiliar na conduta dos profissionais de saúde durante procedimentos transfusionais. O paciente poderá carregá-lo sempre consigo, pois contém dados importantes sobre a sua constituição genética e, ainda, as características que impactam na transfusão, possibilitando a escolha do sangue mais compatível a ser transfundido no paciente.

Para participar do evento, foram convidadas autoridades da comunidade científica e personalidades da hemoterapia e hematologia do país, dentre as quais: o professor titular da Hematologia da FMUSP e diretor-presidente da Fundação Pró-Sangue, dr. Vanderson Rocha; a professora titular do Departamento de Patologia e investigadora do programa REDS, dra. Ester Sabino; a diretora de Relações Externas e Intercâmbios da Fundação Pró-Sangue e investigadora do programa REDS, Dra. Carla Luana Dinardo; a pesquisadora, investigadora do programa REDS e ex-presidente da Fundação Hemominas, Anna Barbara Carneiro Proietti; a presidente da Fundação Hemominas,  Júnia Guimarães Mourão Cioffi; o diretor do Centro de Processamento Celular do Centro de Tecidos Biológicos de Minas Gerais (Cetebio) e investigador do programa REDS;  André Rolim Belisário; e a presidente da Associação de Pessoas com Doença Falciforme de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Dreminas), Maria Zenó Soares da Silva. 

Programa REDS

O REDS é o principal estudo referente ao processo da doação de sangue e ao acompanhamento de exames positivos para vírus em candidatos à doação, tendo como proposta encontrar as condições ideais para que se tenha cada vez mais um sangue seguro.

Em sua primeira fase, o REDS estudou o impacto das sorologias positivas na segurança transfusional. Durante o REDS II (2007-2011), foram estudados temas como a transmissão do HIV, responsável pela AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida); a efetividade das perguntas realizadas na triagem clínica de candidatos à doação de sangue e a Doença de Chagas. Na fase III (2011 a 2018), o REDS estudou a Doença Falciforme, sendo considerado o estudo com o maior número de indivíduos com a Doença Falciforme já realizado no mundo.

Em 2019, teve início a etapa IV-P, que dá sequência aos protocolos do REDS III, mas agora voltado para os pacientes pediátricos. 

Projeto Dandara

Já o Projeto Dandara, lançado em 2024 na Fundação Pró-Sangue, avança na execução com o início das primeiras testagens em pacientes falciformes pelo programa REDS. Com forte desejo de se criar um novo olhar para as pessoas com Doença Hemolítica Falciforme, a iniciativa vem com o objetivo de trazer importantes contribuições para a prática da hemoterapia e hematologia no país.

A ideia do Dandara é implementar medidas que restrinjam, significativamente, a ocorrência de reações hemolíticas pós-transfusionais na população falciforme, em razão da aloimunização eritrocitária (produção de anticorpos).

Serviço: Entrega do FenotCard aos pacientes do ambulatório do Hemocentro de BH

Programação:

11h - Abertura: dra. Júnia Guimarães Mourão Cioffi
11h10 - Idealização do Projeto Dandara: prof. Vanderson Rocha
11h20 - Criação do REDS Falciforme Brasil: dra. Anna Barbara Carneiro Proietti

11h30 - O retorno do Programa REDS e Dandara à sociedade: dra. Carla Luana

11h40 - A importância da pesquisa no Brasil: prof. Ester Sabino

11h50 - O valor das parcerias da Dreminas e outras instituições: Maria Zenó Soares

12h - Entrega das carteirinhas FenotCart: André Belisário

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