O sangue doado é fracionado para envio aos hospitais e pacientes que estejam necessitando. O sangue é fracionado em 4 hemocomponentes principais:
O sangue é rotulado de forma a permitir sua rastreabilidade (possibilidade de identificar a origem do sangue doado em caso de reações adversas no receptor), porém, preservando o sigilo do doador. De acordo com a legislação brasileira a confidencialidade dos dados dos doadores deve ser mantida em todas as fases. São realizados exames para tipificação do sangue e identificação de doenças transmissíveis. Após a liberação de todos os exames, os hemocomponentes cujos resultados foram normais são liberados para distribuição aos hospitais e clínicas conveniados.
O sangue doado não pode ser vendido de acordo com a legislação brasileira, nem o doador pode receber qualquer benefício em troca de seu sangue. Esta medida visa garantir a segurança de quem recebe a transfusão de sangue. Entretanto, para garantir a segurança da transfusão, são realizados vários procedimentos que apresentam custos, desde a realização do cadastro e da triagem clínica do doador aos exames sorológicos e de prova cruzada. Os custos de todas as etapas de liberação do sangue até a sua efetiva transfusão no paciente são cobrados dos hospitais e podem ser repassados aos pacientes particulares e aos convênios de saúde. Isto não significa que o sangue foi vendido, já que não foi agregado nenhum valor ao sangue para aquisição de lucro por parte do serviço hemoterápico.
A Fundação Hemominas atende aos hospitais da rede SUS no estado de Minas Gerais e a alguns hospitais e clínicas conveniados que atendem a pacientes com convênios de saúde ou particulares. Atualmente, a Fundação é responsável por aproximadamente 91% da cobertura hemoterápica do estado.
A liberação do sangue para utilização exige os seguintes exames:
Quando um paciente necessita do sangue são realizados testes de compatibilidade entre o sangue doado e o do potencial receptor - a chamada prova cruzada.
Cada hemocomponente possui uma validade. As plaquetas, por exemplo, só podem ser utilizadas por cinco dias após a coleta do sangue. É por isso que os doadores devem comparecer regularmente. Uma redução no comparecimento afeta rapidamente o estoque de plaquetas necessárias a pacientes com distúrbios de coagulação.