Informações sobre o Programa Nacional do Sangue, transporte, biossegurança e auditoria assistencial, ciclo do sangue, bem como conceitos importantes em faturamento foram alguns dos conteúdos abordados nos treinamentos realizados pelo Hemocentro de Belo Horizonte (HBH) e Hemonúcleo de Manhuaçu, nesta semana, nos dias 8 e 9 de outubro.
No auditório do HBH, nessa quarta-feira, 9, as palestras dadas pela coordenadora da unidade, doutora Priscila Cezarino, e pela responsável de equipe do Apoio Financeiro e Boletim Estatístico, Mônica Pérsia, tiveram como público principal funcionários e servidores que executam o faturamento de Assistências Hemoterápicas (AH) e Agências Transfusionais (AT). Um total de 10 profissionais da Unimed Belo Horizonte – Cooperativa de Trabalho Médico/Hospital Unimed BH-Betim, do Hospital Municipal Francisco Gonçalves (Pedro Leopoldo), Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP- Ipsemg), Santa Casa de Misericórdia de Sabará, Santa Casa de Misericórdia de Caeté, Hospital Monsenhor Horta (Mariana), Fundação Hospitalar São Francisco de Assis (BH), Biocor e Hospital São Francisco de Assis (Unidade Santa Lúcia) recebeu a primeira capacitação na área.
Hemominas é SUS
Em sua exposição, Priscila Cezarino abordou a Política Nacional do Sangue - forma pela qual a autoridade nacional de saúde de um país (em nosso caso, o Ministério da Saúde), expressa claramente, organiza e regulamenta a doação de sangue e serviços de transfusão -, pontuando conceitos históricos e evolutivos da questão ao longo do tempo, no mundo e no Brasil.
Referindo-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), ela discorreu sobre o papel dos Hemocentros Estaduais, enfocando os princípios doutrinários (universalização, equidade, integralidade) e organizativos (regionalização, hierarquização, descentralização com comando único em cada esfera do governo) que os regem. Além de situá-los sobre a história e o papel que a Fundação Hemominas ocupa nesse processo, Cezarino esclareceu sobre o Ciclo do Sangue – processo que inclui a captação de doadores, a doação de sangue, exames, processamento, produção de hemocomponentes, armazenamento, preparo da transfusão (provas de compatibilidade) e o ato transfusional. Outro tópico foi sobre a legislação – especialmente a Lei nº 7049, de1988 – que estabelece a obrigatoriedade do cadastramento dos doadores e a realização de exames laboratoriais no sangue coletado.
Por sua vez, Mônica Pérsia, esclareceu dúvidas sobre a cobrança de transfusões, os códigos de testes transfusionais, tratando de temas como transporte, biossegurança e auditoria assistencial, conceitos importantes em faturamento, ressarcimento - faturamento não SUS - e Ressarcimento - faturamento SUS. “O objetivo é auxiliar as pessoas a entenderem um pouco do que elas já fazem de forma automatizada, só ligadas a códigos. Aqui, elas têm a oportunidade de conhecer os passos que começam com o doador e o processamento do sangue até chegar ao paciente”, afirma.
Na opinião dos participantes, a capacitação valeu a pena. Tainara Cabral da Silva, por exemplo, do Hospital Monsenhor Horta, de Mariana, apreciou bastante a abordagem de todo o processamento do sangue, os códigos utilizados para faturamento, tirando dúvidas sobre a cobrança de serviços tanto para instituições do SUS como das privadas. Opinião semelhante tem Anna Cristina Marcelino (Santa Casa de Sabará): “O treinamento agregou muito ao nosso trabalho, na otimização dos processos ligados à cobrança aos clientes, além de antecipar e esclarecer dúvidas que poderíamos ter”, disse ela, considerações corroboradas por Rafael Ralph, do Biocor.
Manhuaçu
Alcançando um público de 70 pessoas, a capacitação oferecida pelo Hemonúcleo de Manhuaçu a captadores, enfermeiros, faturistas, médicos e técnicos de bancada, nos dias 8 e 9 desta semana, desenvolveu tópicos semelhantes e teve como objetivos:
Os representantes das Agências Transfusionais e Assistências Hemoterápicas que participaram da atividade vieram de várias localidades às quais o Hemonúcleo dá assistência: Espera Feliz, Divino, Santa Margarida, Manhumirim, Carangola, Abre Campo, Matipó, Manhuaçu (Hospital Municipal, Hospital Cesar Leite, Renalclin), Ipanema, Mutum e Lajinha.
A equipe responsável pelo treinamento incluiu o coordenador da unidade, Jadilson Wagner Silva do Carmo; a responsável técnica de Enfermagem, Líllian Silva Gomes; Cristiane Maria Martins Auatt (Gerência Técnica), Maria José Moreira(Gerência Administrativa) e ainda: Patrícia Sueli Lisboa Fernandes, Joseana Cerqueira Carvalho, Sílvia Helena dos Reis, Maria Goreth Oliveira Sobreira, Daiane Gomes de Moraes e Rita de Cássia Mendes.
Competências
Agência Transfusional (AT), inserida no Estabelecimento de Assistência à Saúde (EAS) contratante da Fundação Hemominas, presta serviços especializados de hemoterapia para fornecimento de hemocomponentes, além de realizar testes de compatibilidade entre doador e receptor e de armazenar e transfundir os hemocomponentes liberados e fornecidos pela Fundação.
Já a Assistência Hemoterápica (AH), demandada por estabelecimentos de saúde que não dispõem de uma AT, prevê o fornecimento dos hemocomponentes necessários ao atendimento pontual, direcionado às urgências e cirurgias eletivas, diretamente pela unidade da Fundação Hemominas contratada, em conformidade com a legislação vigente.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social