Hemominas e Dreminas organizam comemoração natalina para os pacientes
“É muito importante que os pacientes tenham acesso a um centro de referência com atendimento de qualidade. ” Estas foram as palavras da presidente da Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Dreminas), Maria Zenó Soares da Silva, durante a Festa de Natal dos Pacientes do Ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte (HBH). A Fundação Hemominas é referência para o diagnóstico e tratamento de pacientes portadores de coagulopatias, hemoglobinopatias e que necessitam de transfusão de sangue ou sangria terapêutica no estado de Minas Gerais.
A tradicional comemoração, ocorreu no último sábado (21/12), e contou com a presença de mais de 200 pessoas (pacientes e familiares) que puderam desfrutar de momentos de alegria, com a presença dos personagens da Disney, Mickey e Minnie, Papai e Mamãe Noel, piscina de bolinhas, pula-pula, almoço especial. A festa é organizada pela Dreminas, Hemominas e parceiros voluntários. Sheila Fernandes, que atua no Apoio Administrativo do HBH, e Cristiane Lílian Rodrigues, do setor de Cadastro do Ambulatório, contam que contribuem voluntariamente com a festa há anos. “Dedicamos o dia para colaborar com a festa”, afirmam.
Servidores da Hemominas, funcionários da Dreminas e parceiros que atuam na organização da Festa de Natal do Ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte. Foto: Camila Motta.
De acordo com Maria Zenó, “a confraternização é importante para comemorar mais um ano de vida, apesar da luta e das dores intensas. É importante que a festa seja aqui na Hemominas, onde os pacientes se sentem em casa”, afirma. As dores intensas e numerosas complicações podem afetar os pacientes com hemoglobinopatias (doença falciforme e talassemia).
Ana Maria de Castro é médica hematologista e atua no Ambulatório do HBH há 25 anos. Castro acompanha alguns pacientes desde o nascimento. “Tenho vários pacientes adultos os quais vi crescer. A comemoração de hoje, é quando as famílias se encontram em um momento de alegria, contrapondo-se à rotina sofrida”, declara.
A paciente Margarete Félix, de 43 anos, conta que começou a apresentar os sintomas da doença falciforme aos 3 anos. “Na época, os médicos não conheciam a doença muito bem e me deram uma expectativa de vida de no máximo 15 anos”. Aos 6 anos, iniciou o tratamento na Fundação Hemominas. “Tenho grande afeto e admiração pela médica que me acompanhou na infância, a Júnia Cioffi. Agora ela é a presidente da Hemominas”, comemora.
Félix explica que passou por várias intercorrências ao longo da vida, como a osteomielite, que é uma infecção nas pernas. “Apesar de toda a dificuldade, consegui terminar os estudos e tenho um filho de 10 anos. Durante a gravidez, fui acompanhada pelo Projeto Aninha no Hospital das Clínicas”, conta.
Mais de 200 pessoas participaram das comemorações no Hemocentro de Belo Horizonte. Foto: Camila Motta.
“O acompanhamento, com atenção multidisciplinar, é essencial para a melhora e manutenção da saúde dos pacientes”, explica Michelle Pereira, servidora que atua na Chefia Administrativa e no Cadastro de Pacientes do Ambulatório do HBH.
Michele Aparecida Vieira, mãe do paciente Vitor Samuel Vieira, de 12 anos, conta que a doença falciforme foi diagnosticada no filho desde o nascimento, por meio do Teste do Pezinho. “O apoio da Hemominas e a da Dreminas são muito importantes. A Zenó é como se fosse uma mãe para os pacientes”, avalia.
Zenó exclarece que a Dreminas atua no controle social, promovendo a interação da sociedade com a administração pública, em busca de soluções para os problemas enfrentados por pessoas com doença falciforme e talassemia. “A instituição propõe o diálogo junto ao estado e cobra ações quando necessário”, explica.Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social