Série Ciclo do Sangue - os caminhos do sangue doado
Fundação Hemominas: os caminhos do sangue doado I
Tudo começa com quem precisa da doação de sangue para preservar a vida. E tudo culmina também nele: no paciente que recebe as transfusões nos hospitais e nos próprios ambulatórios da Fundação Hemominas.
No meio do caminho, a ponte Hemominas que une doador e paciente. E aí, cabe percorrer as “veias” de todo um sistema que envolve as etapas de captação do doador.
A primeira delas envolve as campanhas desenvolvidas pelas unidades, a partir de palestras feitas em escolas (programa “Doador do Futuro”, dirigido a crianças e adolescentes) e em entidades públicas e privadas, convocações pela mídia, o trabalho com doadores fenotipados, eventos externos, parcerias etc.
Depois, quando o doador – previamente agendado pelo site https://www.mg.gov.br/agendamento_servico/doacao-de-sangue ou pelo app MG Cidadão – chega a uma das 21 unidades espalhadas por todo o estado, é tempo de acolhê-lo, orientá-lo quanto à importância e responsabilidade do ato solidário de doar. Procedimentos observados também nos oito Postos Avançados de Coleta Externa (Paces).
Doadora no HBH -o cuidar do outro - Fotos: Adair Gomez
Assim, ele passa pelas etapas de recepção, conscientização, cadastro, triagens clínica e hematológica, até chegar à doação propriamente dita: a coleta. Sem esquecer dos lanches oferecidos antes e depois da coleta do sangue.
Daí, entram em ação as outras “artérias” que fazem o sangue circular: o processo de fracionamento (no qual os componentes do sangue são separados); a sorologia (testagens de marcadores sorológicos para detectar doenças transmissíveis pelo sangue); a Imuno-hematologia (tipagem sanguínea, pesquisas de auto anticorpos, anticorpos irregulares e de hemoglobina S); o NAT (realização de testes moleculares para pesquisas de vírus). Incluindo, ainda, etapas posteriores como o Controle de Qualidade para garantir a excelência dos hemocomponentes produzidos, e também a inativação de patógenos, realizada nas bolsas de plaquetas.
Para se ter uma ideia, nos laboratórios da Hemominas são feitos 12 exames em cada bolsa de sangue doado. Imaginem o volume de trabalho para testar as cerca de 1300 bolsas coletadas em toda a rede diariamente! Tudo isso para propiciar tanto ao paciente quanto ao doador a máxima segurança possível.
Por fim, a distribuição das bolsas de sangue que ficam armazenadas até serem levadas aos próprios ambulatórios da Hemominas, nos quais são atendidos cerca de oito mil pacientes com doenças hematológicas (coagulopatias e hemoglobinopatias), ou para os hospitais conveniados.
Fracionamento:uma das etapas do Ciclo do Sangue em curso pela equipe do Hemocentro de Valadares - Foto: Acervo Hemominas
Como a Hemominas trabalha em rede, haja logística para coordenar o transporte do sangue e hemocomponentes de uma cidade para outra e até de uma região para outra! Um processo que demanda planejamento, eficiência e qualidade para assegurar o cuidado necessário e fundamental ao atendimento das demandas daqueles que dependem do sangue para preservação da vida. E que se respalda na implantação de programas como o de Hemovigilância, Gerenciamento de Resíduos de Saúde e a Acreditação (busca da Certificação de seus serviços por agências avaliadoras), entre outros.
Vale lembrar que a Rede Hemominas é responsável por uma cobertura hemoterápica superior a 90% em todo o estado, procedimentos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). São cerca de 600 entidades conveniadas, incluindo hospitais públicos, filantrópicos e particulares, alcançando aproximadamente 800 municípios, direta ou indiretamente.
Estrutura E como gerir este organismo?
Dada a responsabilidade e características concernentes à área em que atua há 37 anos – produzir saúde - a Hemominas está sempre em busca da melhoria contínua, o que exige volume considerável de investimentos em equipamentos, inovação, conhecimento.
Tudo isso lastreado no capital humano que está na base de todo o processo e que exige capacitação constante: pesquisadores, técnicos de enfermagem, biólogos, médicos, pessoal administrativo, todos dedicados às diversas e complexas atividades meio e fim. São cerca de dois mil servidores em ofício na capital e nas várias regiões de Minas, oriundos do próprio estado, e também aqueles cedidos pelos municípios e União, além dos contratados.
Hemocentro de Belo Horizonte centraliza os testes de sorologia e imuno-hematologia de toda a Rede Hemominas - Fotos: Adair Gomez
Implantar e manter uma unidade não é uma tarefa simples: envolve viabilidades, parcerias com prefeituras e outras instâncias para definição e adequação de espaço, recursos, cessão de pessoal, treinamentos, supervisão e por aí vai. Mas a missão de salvar vidas vale o empenho de todos. E a Hemominas vai fazendo sua parte.
Lembrando que suas principais fontes de financiamento incluem: recursos próprios (receitas advindas de serviços prestados ao SUS e de ressarcimento dos serviços prestados a Planos e Seguros de Saúde); Tesouro do Estado, Fundo Estadual de Saúde; receitas de projetos apresentados ao Ministério da Saúde e financiados pelo Fundo Nacional de Saúde e Reforsus; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) – financiamento de pesquisa e desenvolvimento de Recursos Humanos em pesquisa; parceria com municípios/sede das unidades.
Outras pontes O foco da série é a Captação. Mas cabe destacar outras “veias” da Fundação que convergem para o mesmo fim - a saúde do sangue, tecidos e células. Entre elas, as pesquisas desenvolvidas na Fundação, concentradas nas áreas da hematologia e hemoterapia, que se revertem em melhoria da qualidade de vida dos pacientes. E, ainda, no atendimento ambulatorial a pacientes.
No mesmo patamar desponta o Centro de Tecidos Biológicos (Cetebio), cujo objetivo é a prestação de serviços especializados de alta complexidade em atividades de coleta, processamento, criopreservação e distribuiçãode células e tecidos biológicos, segundo critérios de qualidade internacionais e normas técnicas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
E, para rematar, destaca-se o registro de candidatos à doação de medula óssea: a Hemominas tem cerca de 590.000 candidatos já cadastrados como potenciais doadores de medula óssea. Só em 2021, foram mais de 19 mil candidatos.
Mas estas pontes já comportam uma outra história. Que fica para uma outra vez. Aguardem o próximo tema da série: as campanhas de doação de sangue desenvolvidas pelas unidades.
Acessem também o vídeo que referencia o texto:
Abaixo, em Galeria, apresentamos as unidades da Fundação Hemominas:
Caminhos do san...
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Gestor responsável: Assessoria de Comunicaçao Social
A doença falciforme é genética e afeta o sangue, provocando complicações como anemia, infecções e crises de dor. Hidratação constante e alimentação balanceada fortalecem o organismo da pessoa afetada. A Hemominas é referência em Minas no tratamento da doença.