Doença falciforme é tema do 1º Encontro de Assistentes Sociais
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Doença falciforme é tema do 1º Encontro de Assistentes Sociais
O evento, realizado em 19 e 20 de junho, teve palestras e debates sobre previdência social, atendimento familiar e atuação do serviço social.
O 1º Encontro Mineiro de Assistentes Sociais, realizado pelo Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob), em Belo Horizonte, teve o patrocínio do Ministério da Saúde com apoio da Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia do Estado de Minas Gerais (Dreminas), Federação Nacional das Associações de Doença Falciforme (Fenafal), Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e secretarias municipais de saúde e de assistência social do Estado. O evento, que reuniu cerca de 500 participantes de todo o país, teve como objetivo discutir a atuação do profissional de Assistência Social na atenção às pessoas com doença falciforme.
Durante a abertura do encontro, que aconteceu no dia 19/06, data em que é comemorado o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença Falciforme, o diretor do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad) e coordenador do Cehmob, José Nélio Januário, afirmou que o evento é uma oportunidade de discussão e reflexão sobre as ações que precisam ser realizadas para os pacientes de doença falciforme. “A taxa de mortalidade ainda é alta para nossos padrões. O acesso a alguns serviços ainda precisa melhorar, não apenas na urgência e emergência.”
A presidente da Dreminas, Maria Zenó Soares, lembrou que grande parte dos pacientes falciformes vive em vulnerabilidade social. “95% deles são negros. Além de conviver com a doença, ainda sofrem discriminação.” Zenó também citou, entre os motivos dos altos índices de mortalidade, a falta de conhecimento das pessoas sobre a doença. “A doença não mata. O que mata é a desinformação de pacientes e profissionais de saúde, o que pode comprometer o tratamento”.
A presidente da Fundação Hemominas, Júnia Cioff, ressaltou a intenção de se integrar a doença falciforme na Atenção Básica do SUS - Foto: Adair Gomez.
Júnia Cioffi, presidente da Hemominas, lembrou que, com o início do Teste do Pezinho, em 1998, houve uma evolução muito grande no atendimento aos pacientes falciformes, mas que ainda há muito que fazer no que diz respeito à integralidade do atendimento. Júnia também transmitiu aos participantes do evento a intenção do secretário de Estado da Saúde, Fausto Pereira, em integrar a doença falciforme na Atenção Básica do SUS. Desse modo, os profissionais que atendem nos centros de saúde do Estado seriam capacitados a melhorar o atendimento aos pacientes falciformes, principalmente nos casos de urgência. “Acreditamos que isso ajudará a combater a morbidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirmou.
O Secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, André Quintão, reafirmou a importância do trabalho dos assistentes sociais na construção do SUS. “O desafio é grande, mas o assistente social é um profissional capacitado e imprescindível para a integração das políticas públicas”, afirmou Quintão. Ele ainda citou a necessidade de ampliação e valorização dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) nos municípios.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social
A doença falciforme é genética e afeta o sangue, provocando complicações como anemia, infecções e crises de dor. Hidratação constante e alimentação balanceada fortalecem o organismo da pessoa afetada. A Hemominas é referência em Minas no tratamento da doença.