Realizado nos dias 15, 16 e 17 de setembro pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), com o apoio do Sistema Mineiro de Inovação (Simi) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SEDECTES), o evento teve por objetivo divulgar, junto à sociedade, o esforço de universidades, centros de pesquisa e empresas para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação em Minas Gerais. Durante a mostra, foram apresentados projetos de pesquisa que contribuem para identificar e solucionar problemas afetos a várias áreas da vida cotidiana. Tais projetos, como um dos requisitos para participação, receberam apoio da FAPEMIG, direta ou indiretamente.

Mais uma vez, a Fundação Hemominas participou desse evento com um estande no Museu das Minas e do Metal Gerdau, na Praça da Liberdade. A ação compreendeu uma atividade interativa sobre a pesquisa “Análise Molecular de Grupos Sanguíneos em Doadores de Sangue para a Identificação de Variantes Raras”, desenvolvido pela Hemominas desde 2015. Além da entrega de material informativo, Maria Clara Fernandes da Silva Malta, coordenadora da pesquisa, explicou aos presentes sobre o sangue raro e a relevância da doação de sangue. “É muito importante localizar doadores com tipos sanguíneos raros, pois é muito difícil achar um doador quando deparamos com um paciente que necessite desse tipo de sangue. Caso contrário, não poderíamos atender tal paciente”, relatou Maria Clara. 

Maria Clara Fernandes da Silva Malta, coordenadora da pesquisa, explicou aos presentes sobre o sangue raro e a importância da doação de sangue - Foto: Adair Gomez

O projeto, que tem a parceria da Faculdade de Farmácia da UFMG – e inclui o mestrado do aluno Adão Rogério da Silva, orientado pela professora Luci Dusse e coorientado por Maria Clara – foi beneficiado com financiamento da FAPEMIG no final de 2016, o que vai permitir a ampliação das pesquisas. 

A professora de Hematologia da Faculdade de Farmácia/UFMG, Luci Dusse, também ressaltou: “O indivíduo que possui o sangue com antígenos raros terá uma maior dificuldade quando precisar de doação, pois será trabalhoso encontrar um doador compatível. O objetivo dessa pesquisa é encontrar justamente doadores com o tipo sanguíneo raro”.

Os curiosos e interessados que passaram pelo estande da Fundação Hemominas tiveram a oportunidade de participar de uma atividade coordenada por Maria Clara Malta: eles precisavam "achar" os sangues raros em um recipiente contendo muitas balas, sendo que as balas vermelhas (e em menor quantidade) representavam os tipos sanguíneos raros; já os demais tipos sanguíneos eram representados por balas azuis (a maior quantidade). O recipiente era coberto, e os participantes tentavam encontrar os tipos raros, tarefa bem difícil; com isso, a pesquisadora Maria Clara demonstrava a importância e dificuldade para se encontrar doadores raros.

“Além de divulgarmos o projeto, estamos explicando os tipos sanguíneos e o quanto é vital o ato de doar sangue. Esperamos que essa conscientização mostre às pessoas como é difícil encontrar um doador raro e como sua doação pode fazer a diferença”, disse. Ela destacou, ainda, que procurou uma forma simples e de fácil entendimento para que as pessoas compreendessem a importância do tema durante os dias do evento. “Por ser um tema abstrato, falar de sangue raro é, às vezes, de difícil compreensão e, então, criamos essa dinâmica. Ela fez muito sucesso, todos queriam participar”, concluiu.

Para Marina Martins, gerente do Desenvolvimento Técnico-Científico da Fundação, a presença da Fundação na mostra INOVA MINAS leva os participantes a conhecerem um pouco mais sobre a valia e mérito das pesquisas. “Com esse estande mostramos, de forma prática, a importância de expormos à população os resultados das pesquisas feitas pela Hemominas e, através delas, garantirmos a segurança transfusional”, acentuou.

 

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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