Técnicos do Hemocentro de Belo Horizonte passam por um treinamento para iniciar um novo procedimento de aférese: a eritrocitoaférese ou doação de duplo concentrado de hemácias por aférese. Trata-se da coleta seletiva de determinado componente sanguíneo; nesse caso, de hemácias. O concentrado de hemácias, composto pelos glóbulos vermelhos, é essencial no atendimento de pacientes com anemias decorrentes de acidentes, doenças malignas, perdas cirúrgicas, entre outras.
Vinícius Henrique de Paula Silva e Adelício Garcia da Silva já são doadores cadastrados na Fundação Hemominas e foram dois dos 13 voluntários convidados a realizar o novo procedimento. Antes de iniciar o processo, eles foram esclarecidos pelos profissionais e puderam tirar suas dúvidas. “Já sou doador de plaquetas, por isso não tenho nenhum receio em participar. É sempre bom ajudar de alguma maneira”, confirma Vinícius.
Segundo a responsável pela equipe de aférese do Hemocentro de Belo Horizonte, a médica Alcione Maria de Pinho, todos os tipos sanguíneos são importantes para doação “Os mais freqüentes, porém, são os tipos O e A, por serem a maioria na população”. Também de acordo com a médica, a preferência é realizar o procedimento com homens, pela estrutura física e por terem um nível maior de ferritina no sangue (proteína responsável pelo armazenamento do ferro no organismo).
A doação de hemácias por aférese dura cerca de 30 minutos e permite obtenção de uma quantidade de hemácias equivalente a duas doações convencionais. Para fazer uma nova doação, o voluntário deverá aguardar quatro meses.
Após o treinamento, os resultados serão analisados pela equipe técnica para ajustes e validação do processo. A previsão é iniciar efetivamente a coleta de hemácias por aférese no Hemocentro de Belo Horizonte em dezembro.
Processo de aférese
Para ser um doador de hemácias por aférese são seguidos os mesmos requisitos exigidos para doação de sangue. A única restrição que se faz é que o doador tenha peso acima de 70 quilos e faça o teste de anemia no dia da doação, apresentando valores mais elevados que os aplicados para as doações regulares de sangue. Após essas verificações, a enfermeira punciona a veia do doador conectando-o à máquina de aférese, que por centrifugação separa os componentes do sangue da pessoa e retira apenas as hemácias, devolvendo o restante ao corpo do doador.
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