estagiários de psicologia atendem pacientes no HBH

O objetivo é propiciar acolhimento psicológico aos pacientes de coagulopatias e hemoglobinopatias atendidos no ambulatório. Sob a coordenação da psicóloga Adriana Pereira de Sousa, profissional de referência do grupo composto por oito estagiários da PUC São Gabriel, a proposta é oferecer escuta ao paciente enquanto ele aguarda o atendimento médico ou a realização de exames.

O atendimento é semanal, abrangendo aproximadamente 30 pacientes, cuja faixa etária varia de 18 meses a mais de 60 anos. Segundo a coordenadora, são muitos os problemas enfrentados pelos pacientes no seu convívio com a doença: a dificuldade de acesso, pois muitos moram longe, dificuldades no tratamento (alguns não usam a medicação como orientado pelos médicos), entre outros. Na escuta, eles relatam as restrições provocadas pelas doenças – principalmente as hemofilias -, que os privam de algumas atividades, o que interfere na vida escolar, social e profissional, provocando até aposentadoria precoce entre os adultos. Pais falam sobre as dificuldades de suas crianças entenderem as limitações provocadas pelas doenças, conviverem com o preconceito, a desinformação. Nessa perspectiva, o setor escuta, faz avaliações e, se for ocaso, encaminha os pacientes a tratamento no setor de psicologia da Hemominas.

Na sala de atividades do ambulatório, os estagiários de psicologia, que são supervisionados pela professora da PUC, Lúcia Efigênia Nunes, revezam-se durante o dia: três de manhã - Gabriel Miranda, Luciano Ludgero e Lorena Rosa (foto capa com a psicóloga Adriana), e cinco à tarde -Amanda Soares, Daniela de Araújo, Felipe da Silva, Luiz Filipe Pereira e Gabrielle da Silva. No transcorrer do estágio – que dura seis meses – eles acompanham a história de vida dos pacientes, como convivem com a doença, desvendando as possibilidades da psicologia para ajudá-los.

As atividades lúdicas também integram a rotina dos estagiários: brincam com as crianças, desenham, participam de jogos. Para Luciano, o estágio desenvolve seu olhar de futuro profissional: permite acompanhar as demandas provocadas pela doenças, desenvolvem a escuta e tato para lidar com as pessoas. “Aprendemos como nos portar, nos inteiramos sobre os tipos de doença, temos um foco psicanalítico que aborda questões emocionais, do consciente e inconsciente, como a pessoa se coloca diante dos problemas, relacionamentos, preconceitos”, destaca. Já Lorena acentua a dificuldade de se chegar ao paciente: “São resistentes, fechados, não querem conversar, enfim, são um grande desafio”, revela. Por sua vez, Gabriel acrescenta que o estágio lhe possibilita apurar técnicas para colocar em prática depois de formado: “É um treinamento super válido”, diz ele.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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