Na terça-feira (04/04), o Hemocentro de Belo Horizonte promoveu mais um treinamento de reciclagem para médicos e enfermeiros de assistências hemoterápicas. A capacitação teve como público-alvo 23 profissionais de clínicas de cirurgias plásticas e foi realizada, das 9h às 17h, no auditório do HBH.

O treinamento abordou diversos assuntos, como o processo de procedimento transfusional, reações transfusionais e transporte correto dos hemocomponentes. O médico hematologista da Fundação Hemominas, Marcelo Froes, fez a primeira apresentação do dia, com o tema “Avaliação da anemia pré-cirurgia”.

O hematologista enfatizou a importância do uso racional do sangue, já que as transfusões sanguíneas sempre envolvem um risco residual. Ele falou sobre o programa PBM (Patient Blood Management), que visa utilizar outros recursos terapêuticos para se reduzir a probabilidade da transfusão, tornando mais eficiente a utilização dos hemocomponentes. “Busca-se a individualização do paciente, ou seja, tratar as necessidades específicas de cada pessoa, não generalizando o tratamento”, explicou.

Marcelo Froes lembrou que as transfusões sanguíneas no mundo se desenvolveram em momentos de grandes perdas, durante guerras e conflitos civis. “A diminuição do uso da transfusão como primeira opção de tratamento da anemia envolve uma mudança cultural significativa”. Além disso, acrescentou o médico, existe uma tendência mundial na redução das doações de sangue, devido a vários fatores como o envelhecimento da população e o surgimento dos vírus emergentes.

Após essa apresentação, um grupo de enfermeiras clínicas foi convidado a compartilhar a experiência que tiveram para validar a caixa utilizada no transporte dos hemocomponentes. Adma Nirce de Souza, Gláucia Helena Pinto e Karla Moema Cavalcanti detalharam as várias tentativas feitas para controlar a temperatura da caixa, de forma que atendesse a exigência do Manual da Fundação Hemominas de Transporte de Hemocomponentes (MNP-T.GCQ-28). “É importante pensar em todos os aspectos que envolvem o processo de transporte, como o tempo de duração, trajeto a ser feito, e outros aspectos que influenciam na variação da temperatura, pensando no armazenamento correto do hemocomponentes até o momento da transfusão”, reafirmou o grupo.

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