Dra Júnia Cioffi fala aos participantes do congresso.

A presidente da Fundação Hemominas, Júnia Cioffi, representou o Brasil e a instituição em mais uma edição do Congresso do Grupo Cooperativo Ibero-Americano de Medicina Transfusional, o GCIAMT. O evento, que já está em sua décima edição, aconteceu na cidade do Panamá, de 30 de agosto a 1° de setembro, e teve a participação de palestrantes de diversos países, entre eles, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Chile, Espanha e Brasil.

O congresso teve como tema principal o cuidado com os processos de trabalho na produção dos hemocomponentes e dos processos para segurança transfusional.

No primeiro dia, seis países apresentaram suas experiências sobre a implantação de hemocentros. "Espanha, Colômbia, Uruguai, Brasil, Bolívia e Chile mostraram suas experiências, com enfoques diferentes que se complementaram e possibilitaram a todos discutir as especificidades de cada região”, disse a presidente da Hemominas, Júnia Cioffi. “Todos ressaltaram a importância da inovação e da automação desses serviços para que se tenha ganho de escala nos procedimentos”, completou.

O palestrante da Espanha, Dr. Roberto Roig Oltra, evidenciou como a centralização de procedimentos possibilitou o avanço da Hemoterapia no país. Por sua vez, o doutor Jorge Curvelo, do Uruguai, demonstrou a importância do apoio da população para que um hemocentro se estabeleça. Já o representante da Bolívia destacou como a interferência política em serviços de hemoterapia pode desmontar serviços que sejam bem estabelecidos, mas que precisam de profissionais qualificados para possibilitar o desenvolvimento da hemoterapia. Tanto o Chile quanto a Colômbia demonstraram a importância da inovação em todos os serviços e, também, a busca de novos campos de atuação para a permanência dos hemocentros.

Representando o Brasil e a Fundação Hemominas, Dra. Júnia evidenciou a evolução da hemoterapia no Brasil e como funciona a abertura de novos serviços, de acordo com a complexidade hospitalar e de saúde. Ressaltou, ainda, a importância de processos bem-descritos e monitorados de logística, assim como aqueles finalísticos, para que se possa centralizar procedimentos laboratoriais e de produção garantindo a qualidade do produto.

Segurança do paciente foi a temática do segundo dia do Congresso. O uso racional do sangue com indicações em pacientes especiais, como aqueles com hemorragia maciça pós-trauma, hemorragias pós-parto e atendimento hemoterápico a pacientes com doenças, como a Síndrome Falciforme, foi discutido durante toda a manhã. Continuando o tema de segurança transfusional, Júnia Cioffi falou sobre a importância dos Comitês Transfusionais, suas atribuições e desafios, ressaltando que a educação dos profissionais de saúde é o papel mais importante e desafiador dos Comitês. “ A transfusão segura depende de diversos fatores, além de existência de um produto seguro. Depende de indicação adequada, segurança nos processos de coleta de amostras, identificação dos componentes específicos para cada paciente e, também, do monitoramento, identificação e tratamento de eventos adversos”, concluiu.
 

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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