“Compartilhar conhecimento nos fortalece” foi o tema do encontro promovido nessa quinta-feira, 26, no auditório do Hemocentro de Belo Horizonte. O evento remeteu ao Dia Mundial da Hemofilia, comemorado em 17 de abril.
A abertura foi feita pela hematologista e coordenadora dos ambulatórios da Fundação Hemominas, Patrícia Cardoso: “Acompanho o progresso no tratamento da hemofilia e vejo que, cada vez mais, é possível trabalhar com a prevenção e melhorar a qualidade de vida dos hemofílicos”. Ela ressaltou ser fundamental que os pacientes façam as consultas, fiquem em dia com os exames e tenham uma alimentação balanceada. “Para isso, a Hemominas está aqui para apoiar vocês. Temos uma equipe multidisciplinar para dar todo o suporte”, destacou.
Gilberto Miranda, portador de hemofilia e paciente do ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte, foi convidado a falar de sua experiência de vida aos pacientes e familiares presentes. Gilberto contou que já passou por todas as fases do tratamento. “Quando era utilizado o crioprecipitado, era mais demorado; às vezes, ficava uma semana para me recuperar de um sangramento. Depois veio o concentrado de fator, que trouxe mais eficácia e diminuiu o tempo de recuperação. Agora, a DDU (dose domiciliar de urgência) possibilitou mais autonomia para os hemofílicos”, detalhou. Há dois anos Gilberto vai ao ambulatório para receber infusão de fator VIII três vezes por semana. “A profilaxia me abriu portas que eu tinha medo de abrir antes. Hoje consigo dar sequência nas minhas atividades que antes não fazia, por medo dos sangramentos. Faço academia seis vezes por semana e não tenho mais episódios hemorrágicos. Antes, era impensável fazer o que faço hoje. Tive mais segurança para viajar, por exemplo. Não perco mais oportunidades! ”, comemorou.
Após o depoimento de Gilberto, a médica hematologista Juliana Moreira falou sobre a importância da adesão à profilaxia. Ela explicou um pouco a dinâmica dos sangramentos no paciente hemofílico, destacando a prevenção da hemartrose (acúmulo de sangue dentro de uma articulação, que pode lesar a cartilagem articular). Para fechar a palestra, a hematologista fez o seguinte lembrete aos participantes: Hemofilia + cuidado = Liberdade.
A palestra seguinte teve como tema a saúde mental. As psicólogas do HBH Alice Oliver e Adriana Pereira abriram espaço para que os participantes trocassem experiências sobre o assunto. Segundo elas, é preciso desmistificar o preconceito que existe em torno da saúde mental e divulgar melhor os benefícios do atendimento psicológico.
O músico Brenner alegrou o encontro tocando violão e cantando com os participantes - Foto: Adair Gomez
Vanessa Costa, mãe de paciente, desabafou sobre situações que já passou. Ela é mãe de três filhos, sendo que o filho mais velho, Gustavo, hoje com 12 anos, é portador de hemofilia. Ele foi diagnosticado aos nove meses de idade. “Como foi o primeiro caso na família, todos estranhavam que ele vivia com várias marcas pelo corpo. Achavam que eu beliscava meu filho”.
Ao final do encontro, o músico e portador de hemofilia, Brenner, convidou todos para cantar com ele, alegrando o auditório. Também foi servido um lanche, com direito a bolo para lembrar o Dia Mundial da Hemofilia.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social
Quem fez tatuagem ou maquiagem definitiva (incluindo micropigmentação) só pode doar se: em condições de segurança - apto após 6 meses; caso não seja possível determinar se as condições de segurança foram adequadas, apto após 12 meses.
OBS.: Serão liberados os procedimentos que tenham sido feitos em locais inspecionados e com alvará sanitário.