A psicóloga Maria Aparecida dos Santos conscientiza profissionais da Viação Presidente quanto à importância da doação de sangue.

A cargo da psicóloga Maria Aparecida dos Santos, do setor de Captação de Doadores do Hemocentro de Belo Horizonte, a palestra sobre a importância da doação de sangue esclareceu dúvidas sobre o processo e mobilizou o interesse dos participantes. Na apresentação, a servidora explicou que a doação é um ato de cidadania e solidariedade e que traz segurança à população, quando praticado com frequência.

Por sua vez, Maximiliano Anarelli, paciente da Hemominas desde a década de 1980, foi responsável por uma apresentação motivacional durante o evento. Ele é ativista da causa das pessoas com hemofilia e mantém o blog Diário de um hemofílico de bem com a vida, que possibilita a interação com pacientes e familiares, além de promover a divulgação de informações e troca de experiências quanto à doença.

Maximiliano Anarelli é paciente da Hemominas desde a década de 1980.
Maximiliano Anarelli é paciente da Hemominas desde a década de 1980. Foto: Adair Gomez.
Anarelli contou que foi diagnosticado com hemofilia aos quatro anos, após sofrer uma queda e apresentar um ferimento que não cicatrizava durante meses. Um dos agravantes, ressaltou, foi a demora na descoberta da doença, já que, no município de Timóteo, onde residia, o hospital responsável pelo atendimento não possuía estrutura para o diagnóstico.

Referindo-se à superação dos desafios trazidos pela doença, ele comentou: “Nós é que colocamos dificuldades em nossa vida. Eu sempre foco nos meus potenciais e vivo uma vida normal, apesar das limitações”, afirmou. Durante a apresentação, citou uma frase de Henrique de Souza Filho, mais conhecido como Henfil: “Viver é uma tarefa urgente, porque amanhã é uma coisa que não dá pra pensar, não dá pra fazer planos, hoje é urgente, amanhã é a morte, ontem, graças a Deus, teve ontem!”.

Henfil era cartunista, quadrinista, jornalista e escritor. Hemofílico, assim como seus irmãos, o sociólogo Betinho e o músico Chico Mário, faleceu devido às complicações da Aids, doença que contraiu em uma das transfusões sanguíneas frequentes durante o tratamento para hemofilia.

A SIPAT foi organizada pela equipe de Segurança do Trabalho e colaboradores da empresa de transporte Viação Presidente e com o incentivo do presidente da instituição, Roberto José da Silva.
A SIPAT foi organizada pela equipe de Segurança do Trabalho e colaboradores da empresa de transporte Viação Presidente e com o incentivo do presidente da instituição, Roberto José da Silva. Foto: Adair Gomez.
As participações da Hemominas e do paciente Maximiliano Anarelli no evento, ocorreram no dia 2 de dezembro, na unidade da Viação Presidente, no bairro Carlos Prates em Belo Horizonte.

Sobre a hemofilia

A hemofilia A é caracterizada pela deficiência ou anormalidade do fator VIII da coagulação e sua incidência é de 1 caso para 10.000 nascimentos de crianças do sexo masculino. Por sua vez, a hemofilia B é caracterizada pela deficiência ou anormalidade do fator IX da coagulação e a incidência é de 1 caso para 30.000 nascimentos de crianças do sexo masculino. Trata-se de doenças hereditárias, ligadas ao cromossoma X.

A manifestação clínica característica na hemofilia é o sangramento, com intensidade e localização extremamente variáveis, sendo as mais frequentes as hemorragias intra-articulares (joelhos, cotovelos, tornozelos), hematomas musculares e hemorragias.

Portadores de coagulopatias hereditárias (hemofilias A e B) podem buscar tratamento na Fundação Hemominas. O paciente deve procurar uma das unidades de atendimento com a documentação necessária, incluindo o encaminhamento do médico da rede pública que diagnosticou a doença (solicitação para que a pessoa receba o tratamento). O tratamento consiste na reposição do fator de coagulação, por meio dos concentrados de fator plasmático ou recombinante, uso de medicamentos adjuvantes e na profilaxia dos sangramentos.

A participação da família é muito importante para dar apoio e encorajar o paciente a seguir uma vida normal, uma vez que a hemofilia não acarreta alteração no desenvolvimento físico ou intelectual.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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