Dia Mundial do Doador de Medula Óssea: 570 mil formas de celebrar
Dia Mundial do Doador de Medula Óssea: 570 mil formas de celebrar
Como instituição responsável pelo cadastramento de candidatos à doação de medula óssea em Minas Gerais, a Fundação Hemominas já registrou, desde o ano 2000, quando assumiu a responsabilidade pelo serviço, cerca de 570 mil doadores potenciais em todas as suas unidades.
São estas pessoas solidárias, desprendidas, que abrem a tantas outras, do Brasil e do mundo, a possibilidade de sobreviverem a partir de um transplante de medula óssea: o procedimento beneficia pacientes com produção anormal de células sanguíneas, geralmente causada por algum tipo de câncer no sangue como leucemias e linfomas, além de portadores de aplasia medular, entre outras doenças.
Constituída por tecido líquido-gelatinoso e encontrada no interior dos ossos, a medula óssea produz os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou células vermelhas, responsáveis pelo transporte do oxigênio na circulação, os leucócitos ou células brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue.
Assim como todos os hemocentros públicos brasileiros, a Hemominas atua na orientação junto aos candidatos sobre os procedimentos para a doação de medula e na coleta das amostras, encaminhando-as aos laboratórios aptos a realizarem esses exames de alta especificidade técnica, cadastrados no Ministério da Saúde. Constantemente, há um cruzamento de dados entre o resultado de HLA do doador cadastrado no Redome e o do paciente, informação que fica armazenada no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é convocado para exames complementares e para realizar a doação propriamente dita.
Importante lembrar que a atualização de dados do candidato à doação de medula óssea no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) somente é feita no site do INCA, órgão responsável pelo cadastro nacional, mesmo que a entrada tenha sido pela Hemominas. O formulário para atualização dos dados está disponível em http://www1.inca.gov.br/doador/ .
A todos aqueles que doam esperança, dispondo-se a doar vida em vida, os cumprimentos e o reconhecimento da Fundação Hemominas.
Cetebio:processamento de material biológico de alta qualidade para procedimentos de grande complexidade - Fotos: Adair Gomez
Centro de Processamento Celular: a contribuição do Cetebio
Além de cadastrar os candidatos à doação de medula, a Hemominas investe em outra vertente para preservação da vida: com a implantação do Centro de Tecidos Biológicos de Minas Gerais (Cetebio), que visa a integrar bancos de células e tecidos em uma única estrutura física e organizacional, o objetivo é fornecer material biológico de alta qualidade para procedimentos de grande complexidade no estado de Minas Gerais.
Dessa forma, o Centro de Processamento Celular (CPC) da unidade, em pleno funcionamento desde 2013, atua no processamento, armazenamento, controle de qualidade e distribuição de células progenitoras hematopoéticas (CPH) para a realização de transplantes de medula óssea, segundo critérios de qualidade internacionais e normas técnicas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Como esclarece a coordenadora do Cetebio, doutora Márcia Salomão Libânio, a coleta das CPH é realizada em outras unidades da Fundação e nos centros transplantadores, sendo então encaminhadas para a realização dos procedimentos sob a responsabilidade do Cetebio.
As atividades do CPC ainda estão em fase de expansão, com número crescente de pacientes atendidos a cada ano. Até o momento, já foram realizados procedimentos para 1.148 pacientes, desde o início do funcionamento, sendo a maioria deles referentes ao transplante de medula óssea autólogo (com tecidos do próprio paciente), cujas principais indicações incluem o mieloma múltiplo, linfomas e leucemias, entre outros.
Tanque de nitrogênio onde são armazenadas as bolsas de CPH para o transplante de medula - Fotos: Adair Gomez
Na atualidade, estão em vigor contratos com diversos centros transplantadores de Minas Gerais, não somente em Belo Horizonte, mas também no interior do estado, possibilitando que o tratamento de diversos pacientes possa ser realizado próximo ao seu local de residência e não somente na capital.
Em Belo Horizonte, os centros contratados incluem o Hospital das Clínicas/UFMG, a Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Felício Rocho, o Hospital Luxemburgo/Associação Mário Penna, o Hospital Mater Dei e o SOCOR/Cetus Oncologia. Estão estabelecidos também contratos com centros transplantadores de Uberlândia - o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia e o Hospital Santa Genoveva -, além da Santa Casa de Montes Claros, Fundação Cristiano Varela (Muriaé), com a perspectiva de contrato com o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Juiz de Fora.
O Cetebio realiza ainda outros procedimentos, como o controle de qualidade para a liberação de bolsas para pacientes do REDOME, Registro de Doadores de Medula Óssea, tendo participado da liberação para diversos estados brasileiros, como o Rio de Janeiro e Paraná, e vários países como os Estados Unidos, Argentina, Espanha e Turquia. Nesses casos, a doação é realizada em Belo Horizonte, e após os procedimentos previstos pelo Ministério da Saúde e normas internacionais, a bolsa contendo as células progenitoras hematopoéticas é liberada para a realização do transplante no centro transplantador responsável pelo paciente.
Equipe do Cetebio: qualificação e comprometimento em favor da vida - Fotos: Adair Gomez
Outra perspectiva da Fundação é a implantação de novos bancos, sendo que, além do objetivo assistencial, estão previstas atividades relacionadas à formação de profissionais especializados, inovação tecnológica e produção científica, com o objetivo de gerar produtos inovadores aplicados à saúde pública; “Já foram realizados na unidade diversas pesquisas e trabalhos, apresentados em congressos e publicados em revistas internacionais, demonstrando a relevância do serviço e o impacto positivo no cenário do transplante de medula óssea no estado de Minas Gerais”, celebra Márcia Salomão Libânio.
World Marrow Donor Day (WMDD)
Data criada em 2015 pela World Marrow Donor Association (WMDA), associação mundial que reúne os registros de doadores de medula óssea, o World Marrow Donor Day (WMDD) – Dia Mundial do Doador de Medula Óssea – acontece no terceiro sábado de setembro de cada ano, com o objetivo de promover a conscientização sobre a doação de medula óssea.
Totalizando cerca de 38 milhões de doadores em todo o mundo, o tema da WMDA este ano é: “Existem 38 milhões de maneiras de agradecer”, que propõe uma comemoração virtual pela qual doadores, pacientes ou instituições façam postagens de vídeos, agradecimentos e publicações nas redes sociais.
Em todo o mundo, mais de 50 mil pacientes por ano procuram um doador compatível fora de sua família. Cerca de 50% dos pacientes que encontram um doador, o encontram, perfeitamente compatível, em outro país.
ou www.wmda.infoGestor responsável: Assessoria de Comunicação Social
Você sabia que...
...cada componente do sangue possui uma validade específica. O concentrado de hemácias dura entre 28 e 35 dias em temperatura de 4°C. As plaquetas podem durar até cinco dias em temperatura ambiente. O plasma e o Fator VIII (ou crioprecipitado) têm validade de 12 meses.