Celso Bianco, médico e pesquisador brasileiro radicado nos Estados Unidos, recebe homenagem por suas contribuições à medicina transfusional mundial.
Com mais de duzentos trabalhos publicados ao longo de sua trajetória profissional que inclui patentes como inventor, sua personalidade educadora sempre promoveu o desenvolvimento técnico-científico, extrapolando fronteiras e influenciando definições de diretrizes em debates firmes na área da hemoterapia que trouxeram e continuam trazendo a preocupação pelo cuidado com a pessoa paciente. Ele recebeu a placa de reconhecimento da presidente do Grupo Cooperativo Ibero-americano, Graciela Gonzales; da presidente da Fundação Hemominas e presidente do Congresso GCIAMT 2015, Júnia Cioffi, e da assessora para assuntos internacionais da Fundação Hemominas, Anna Bárbara Proietti.
Celdo Bianco proferiu a palestra inaugural sobre os benefícios e riscos da transfusão de sangue, a partir de dados atualizados de estudos realizados nos Estados Unidos, alguns publicados em revistas especializadas na última semana. Para um público de cerca de 800 pessoas, salientou as sensibilizações de pacientes por transfusão de hemocomponentes de origem em sangue de mulheres e os resultados positivos em redução, por exemplo, de reações com óbitos, com a utilização de hemocomponentes de origem em sangue de homens.
Segundo Bianco, isso muda as abordagens de comunicação na hemovigilância, desde a produção dos hemocomponentes até à notificação das reações transfusionais e de óbitos, e também de mobilização e captação de doadores. As recomendações fortalecidas, a partir desses estudos, com vistas ao benefício para o paciente e para todo o sistema de saúde, são simples, porém fundamentais e urgentes. Do ponto de vista do corpo clínico, recomenda-se não transfundir mais do que estritamente necessário e ser extremamente criterioso na recomendação do hemocomponente adequado para cada caso. Do ponto de vista da oferta de hemocompoentes, aliada às indicações a partir do corpo clínico, promover e intensificar as condições para que, cada vez mais, sejam realizadas transfusões entre grupos sanguíneos iguais (ABO e Rh), possibilitando chegar-se ao ideal de transfundir hemocomponente Grupo O Negativo em pacientes O Negativo.
Celso Bianco também fez um alerta importante de fatores externos que influenciam as políticas de hemovigilância e medicina transfusional e que podem aumentar muito o risco para os transfundidos, como a tendência, em franca ascensão nos EUA motivada pela crise econômica, de aquisição de sangue com os mesmos critérios de custo/benefício apenas econômico das compras de outros materiais de uso hospitalar.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social
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