A Fundação Hemominas recebeu na manhã desta quinta-feira, 13/07, a visita técnica de pesquisadores do REDS (Retrovirus Epidemiology Donor Study).

Todo ano, a equipe se reúne para apresentar e discutir os resultados dos trabalhos realizados no ano anterior e planejar as ações que serão apresentadas no próximo encontro. Na ocasião, são escolhidos dois hemocentros para receber a visita técnica do grupo americano, sendo que neste ano a reunião aconteceu em Manaus e as visitas técnicas acontecem em Minas Gerais (Hemocentro de Belo Horizonte) e São Paulo (Fundação Pró-Sangue), tendo como objetivo apresentar ao grupo as instalações dos hemocentros onde ocorrem os protocolos de pesquisa.

Participaram da visita as representantes do Westat Data Center, Adelaide Amo-Mensah e Kathleen Chapman; o representante do Blood Systems Research Institute, Brian Custer; a representante do Children's Hospital, Shannon Kelly; a representante do Vitalant Research Institute, Mars Stone; a diretora Técnico-Científica da Fundação Hemominas, Fabiana Chagas; a coordenadora do Hemocentro de Belo Horizonte, Priscila Rodrigues; o coordenador do Cetebio, André Belisário; e a pesquisadora da Hemominas e coordenadora sênior do Projeto Reds no Brasil, Carolina Miranda, além da pesquisadora Tassila Salomão.

O que é o REDS 

O REDS (Retrovirus Epidemiology Donor Study) é o principal estudo referente ao processo da doação de sangue e ao acompanhamento de exames positivos para vírus em candidatos à doação, tendo como proposta encontrar as condições ideais para que se tenha cada vez mais um sangue seguro.

Em sua primeira fase, o REDS estudou o impacto das sorologias positivas na segurança transfusional. Durante o REDS II (2007-2011), foram estudados temas como a transmissão do HIV, responsável pela AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida); a efetividade das perguntas realizadas na triagem clínica de candidatos à doação de sangue e a Doença de Chagas. Na fase III (2011 a 2018), o REDS estudou a doença falciforme, sendo considerado o estudo com o maior número de indivíduos com a doença falciforme já realizado no mundo.

Segundo explica Carolina Miranda, “em 2019, teve início a etapa IVP, que dá sequência aos protocolos do RED III, mas agora voltado para os pacientes pediátricos”.