Hemominas e Dreminas promovem arraial dos pacientes e familiares
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Hemominas e Dreminas promovem arraial dos pacientes e familiares
“Celebrar a vida, momento de confraternização para não falar de dor, só de amor, de interação, alegria”. Este, o sentimento da presidente da Dreminas - Associação de Pessoas com Doença Falciforme de Minas Gerais -, Maria Zenó Soares ao se referir ao evento que a Associação promove todos os anos no Hemocentro de Belo Horizonte.
Com diversas atrações para a criançada, brinquedos, guloseimas, o arraial teve até a participação do músico Lory Siqueira, que animou todo mundo com um repertório variado, com músicas infantis, sertanejo e forró. O espaço, decorado e oferecido por servidores do ambulatório do HBH, com bandeirolas e outros acessórios alusivos à ocasião, foi outro destaque da festa. “Sem a turma do ambulatório, que ajudou também nos preparativos, esta festa não seria possível”, disse Zenó, agradecida.
Heber Júnio: "Festa maravilhosa, linda demais" - Foto: Arquivo Hemominas
Um dos presentes, o paciente Héber Júnio de Paulo, 13 anos, e cursa a oitava série, apreciou o momento: “A festa é maravilhosa, venho em todas as comemorações, gosto basicamente de todas as guloseimas”. Apesar da doença falciforme, da qual se trata há 7 anos no HBH, ele diz conviver bem com ela, dentro das limitações que traz: “Sou disciplinado, venho duas vezes por mês ao ambulatório, onde recebo muito carinho. É muito bom vir aqui”, salienta.
Alexia e a mãe Rita de Cássia, aproveitando as brincadeiras e gostosuras do arraial - Foto: Arquivo Hemominas
Também Alexia Jasmim, de 10 anos, é outra paciente a se manifestar: “A festa é ótima”, diz ela. Com seis anos de tratamento no HBH, ela conta que apesar da doença brinca com amigas, anda de bicicleta “e até consigo suportar o frio”, regozija-se. A sensibilidade ao frio é uma das características da anemia falciforme: paciente não deve tomar banhos de mar e piscina gelados, beber líquidos gelados, ou seja, evitar a exposição ao frio.
Por sua vez, Ester Gonçalves, de 13 anos, cursa a oitava série e é paciente do HBH há 12 anos, desde que teve AVC, e começou o atendimento no ambulatório. “Estou adorando a festa, traz felicidade, é uma coisa muito boa. Independentemente de tudo, das dificuldades que a doença traz, sou feliz”, comemora ela.
Ester, curtindo o momento beleza com o irmão Vitor Samuel e a mãe cabelereira, Michelle Vieira - Fotos: Arquivo Hemominas
Outro adolescente Vitor Samuel, 17 anos, recebe tratamento desde os cinco anos e faz transfusões constantes. “Embora com limites a vida é boa; gosto de dançar, me divertir. E o HBH é a casa de família, onde os pacientes e familiares são acolhidos com muito amor”, comenta.
Dreminas
Constituída por amigos, familiares e pessoas com doença falciforme, a Associação, fundada em 1988 e registrada em 1991, é uma instituição sem fins lucrativos, que tem como meta a organização social das pessoas com doença falciforme. A Dreminas visa contribuir para a redução da mortalidade por doença falciforme no Brasil, divulgando sobre a doença e a gravidade dela nas escolas, desenvolvendo um trabalho de intercâmbio da educação e da saúde, entendendo que estes dois objetos se correlacionam na reprodução da vida social dos indivíduos acometidos pela doença.
Doença falciforme
Rosimeire Soares, Ruth Coimbra (cadastro dos pacientes), Michelle Pereira, responsável administrativa do ambulatório do HBH, responsáveis pela decoração julina do ambulatório e arraial: “É gratificante ver os pacientes satisfeitos, felizes com a festa. É um prazer participar disso e contribuir para o fortalecimento do vínculo entre paciente e assistência, trazendo-lhes alegria e qualidade de vida”, celebram elas. E Zenó diz Amém! – Foto: Arquivo Hemominas
A doença falciforme (DF) é umas das alterações genéticas mais comuns no mundo, afetando cerca de 70 milhões de pessoas, e uma das mais frequentes no Brasil, acometendo principalmente a população afrodescendente. A DF é caracterizada pela alteração na forma dos glóbulos vermelhos, que passam a ter uma forma de foice ou meia-lua, dificultando o transporte de oxigênio pelo corpo. Isso pode causar anemia, crises de dor, infecções e danos em órgãos vitais. Segundo os dados do programa de triagem neonatal em Minas Gerais (PTN-MG) a incidência da doença falciforme em Minas Gerais é de 1:1.400 recém-nascidos.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social - ACS
Quem fez tatuagem ou maquiagem definitiva (incluindo micropigmentação) só pode doar se: em condições de segurança - apto após 6 meses; caso não seja possível determinar se as condições de segurança foram adequadas, apto após 12 meses.
OBS.: Serão liberados os procedimentos que tenham sido feitos em locais inspecionados e com alvará sanitário.