Fundação Hemominas: 40 anos construindo competência e qualidade a serviço da saúde pública
Fundação Hemominas: 40 anos construindo competência e qualidade a serviço da saúde pública
“Começou bem pequena, ainda em 1985, chamada Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais, onde atendíamos apenas o município de Belo Horizonte. E fomos nos expandindo, investindo em pesquisa, inovação, ensino, tecnologia, constituindo hoje uma rede integrada por 22 unidades distribuídas nas macrorregiões do estado, além de 17 Postos Avançados de Coleta Externa e do Centro de Tecidos Biológicos, em Lagoa Santa. Bases de uma instituição que faz da saúde pública sua missão de servir à sociedade com excelência, credibilidade e humanização”. Dessa forma se expressa a presidente da Fundação Hemominas, Júnia Cioffi, ao celebrar os 40 anos da instituição neste 10 de janeiro de 2025.
Das primeiras unidades regionais criadas em 1987- Juiz de Fora, Montes Claros e Governador Valadares, ainda vinculadas à Fhemig -, a Hemominas é, na atualidade, referência das políticas de hematologia e hemoterapia em Minas Gerais, responsável por uma cobertura hemoterápica superior a 90% em todo o estado, alcançando direta ou indiretamente 832 municípios. Garantindo à população a oferta de sangue, hemoderivados, células e tecidos de qualidade, consolida-se hoje como um órgão fundamental na hemorrede brasileira, contribuindo ativamente para o crescimento e o fortalecimento do SUS.
Secretário Fábio Baccheretti, a presidente da Hemominas, Júnia Cioffi, o coordenador do Cetebio, André Belisário e a diretora da TEC, Fabiana Chagas comemorando a certificação - Fotos: Adair Gomez
Nessa trajetória, os desafios foram muitos, mas as conquistas, também. Ao longo dos anos, a Hemominas avançou na captação de doadores, no atendimento aos pacientes, nas pesquisas, na educação sanitária, na inovação, na tecnologia, nas técnicas de produção, qualidade e uso de hemocomponentes.
Conquistas que se traduzem na preservação e melhoria na vida de tantas pessoas que têm na Hemominas sua referência e que estimulam seus profissionais a pesquisar e buscar novos tratamentos. E que são referendadas nacional e internacionalmente pelas certificações e recertificações de seus processos, exemplos da busca contínua da Hemominas pela qualidade.
Marcos
Entre os marcos de sua evolução, estão a implantação da Técnica de Inativação de Patógenos (TRP) em concentrados de plaquetas, adotada em 2021 no Hemocentro de Belo Horizonte, método inovador que reduz a transmissão de doenças via transfusão de sangue. À época, a Hemominas foi pioneira em adotar a TRP no serviço público, que reduz o risco de transmissão bacteriana e também a inativação de vírus, tais como: dengue, Zika, Chikungunya, além de outros benefícios.
Unidade Móvel de Coleta: chegando onde o doador está - Fotos: Adair Gomez
Também a implantação do projeto PBM (Patient Blood Management) contribui para a redução dos riscos inerentes às transfusões, reduzindo a utilização indevida ou evitável de hemocomponentes e contribuindo para a criação de uma cultura de qualidade e moderação em relação às transfusões.
Por sua vez, o Centro de Tecidos Biológicos – Cetebio, tem atuação fundamental na coleta e processamento de células-tronco para utilização em transplantes de medula óssea.
Laboratório de Histocompatibilidade (HLA) cumpre o desafio de realizar a completa substituição da metodologia de tipificação molecular, utilizada na testagem de doadores e receptores de células-tronco, em 2023 - Fotos: Adair Gomez
Além disso, o oferecimento de novos serviços, como a implementação de exames HLA pré-transplantes de órgãos sólidos, está beneficiando cada vez mais os mineiros. Lembramos, ainda, a criação do Biobanco, que oferece suporte a projetos de pesquisa na área da saúde; implantação da plataforma de ensino a distância, compartilhando o conhecimento produzido pela Hemominas, bem como a Unidade Móvel de Coleta, que tornou viável a coleta de sangue em localidades mais afastadas, ampliando a captação de novos doadores.
Um dos últimos avanços, em 2024, registra a migração para a nova plataforma NAT Plus (Teste de Ácido Nucleico), para testagem molecular de doadores de sangue. Essa mudança, além de melhorias gerais na sensibilidade e segurança geral dos testes, possibilitou a redução do prazo de inaptidão para doação de sangue de pessoas que estiveram em áreas de risco para malária, de 12 meses para 30 dias, a partir da inclusão do teste para essa doença.
Valem menção, também, a consolidação do planejamento estratégico, o avanço na regionalização da produção de hemocomponentes, as pesquisas e parcerias institucionais, a gestão de pessoas, a expansão física de nossa estrutura – arcabouço que dá suporte ao crescimento da instituição em todas as áreas.
Doador de sangue: veias que salvam vidas - Fotos: Adair Gomez
Balanço gratificante
Concluindo, Júnia Cioffi faz sua avaliação do trabalho construído nesses 40 anos:
“No dia a dia a gente não consegue perceber tudo o que já foi feito, e o balanço é gratificante. Olho para trás e vejo os benefícios que a Fundação trouxe à sociedade. O olhar no futuro, a cumplicidade de toda a equipe, o apoio de tantos que confiaram na instituição e possibilitaram o alcance de nossos objetivos ao longo desses 40 anos - doadores, pacientes, parceiros, servidores, estado, municípios e União – foram os responsáveis pelo nível a que chegamos hoje. Temos certeza que vamos todos prosseguir de mãos dadas e investir cada vez mais no compromisso que nos inspira todos os dias: salvar vidas!
Gratidão e obrigada a todos!”
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social - ACS