O sangue doado é fracionado para envio aos hospitais e pacientes que estejam necessitando. O sangue é fracionado em 4 hemocomponentes principais:
- Concentrado de hemácias (CHM) – é a parte vermelha do sangue que contém as hemácias, células sanguíneas, responsáveis pelo transporte do oxigênio para todo o corpo humano.
- Concentrado de plaquetas (CP) – é um componente claro, que contém as plaquetas, células responsáveis por um dos mecanismos de coagulação que impedem a continuidade do sangramento formando um tampão nos vasos sanguíneos.
- Plasma fresco congelado (PFC) – é a parte líquida do sangue, clara e que contém fatores de coagulação responsáveis pelos outros mecanismos de coagulação, além da plaqueta.
- Crioprecipitado (CRIO) – é um precipitado originado do descongelamento do PFC em temperatura de 4° C rico em fator VIII, fator XIII e fibrinogênio, muito utilizado para distúrbios de coagulação adquiridos por falta destes elementos.
O sangue doado não pode ser vendido de acordo com a legislação brasileira, nem o doador pode receber qualquer benefício em troca de seu sangue. Esta medida visa garantir a segurança de quem recebe a transfusão de sangue. Entretanto, para garantir a segurança da transfusão, são realizados vários procedimentos que apresentam custos, desde a realização do cadastro e da triagem clínica do doador aos exames sorológicos e de prova cruzada. Os custos de todas as etapas de liberação do sangue até a sua efetiva transfusão no paciente são cobrados dos hospitais e podem ser repassados aos pacientes particulares e aos convênios de saúde. Isto não significa que o sangue foi vendido, já que não foi agregado nenhum valor ao sangue para aquisição de lucro por parte do serviço hemoterápico.
A Fundação Hemominas atende aos hospitais da rede SUS no estado de Minas Gerais e a alguns hospitais e clínicas conveniados que atendem a pacientes com convênios de saúde ou particulares. Atualmente, a Fundação é responsável por aproximadamente 91% da cobertura hemoterápica do estado.
A liberação do sangue para utilização exige os seguintes exames:
- Imuno-hematológicos: tipagem ABO e Rh, pesquisa de anticorpos irregulares e pesquisa de hemoglobina S.
- Sorológicos: são feitos exames para pesquisa de hepatites B e C, Doença de Chagas, sífilis, HIV e HTLV.
Quando um paciente necessita do sangue são realizados testes de compatibilidade entre o sangue doado e o do potencial receptor - a chamada prova cruzada.
Cada hemocomponente possui uma validade. As plaquetas, por exemplo, só podem ser utilizadas por cinco dias após a coleta do sangue. É por isso que os doadores devem comparecer regularmente. Uma redução no comparecimento afeta rapidamente o estoque de plaquetas necessárias a pacientes com distúrbios de coagulação.
- Concentrado de hemácias (CHM) – 35 a 42 dias (dependendo da solução de conservação)
- Concentrado de plaquetas (CP) – cinco dias
- Plasma fresco congelado (PFC) – um ano
- Crioprecipitado (CRIO) – um ano
Candidatos que tenham apresentado reações graves, como reação anafilática, a qualquer medicamento (inclusive penicilina), substância ingerida ou de contato (como, por exemplo, com materiais submetidos à esterilização com óxido de etileno), não poderão doar sangue.
Este impedimento deve-se ao fato de alguns estudos terem demonstrado que tais exames podem estar relacionados à transmissão de alguns vírus. Aguarda-se um período de segurança para que seja possível detectar a doença, caso tenha sido adquirida. Porém, do ponto de vista de segurança transfusional, qualquer situação que envolva um risco de transmissão de infecções, mesmo que mínimo, deve ser levado em consideração.
Não. A Fundação Hemominas, além de receber doações de sangue, atende apenas pacientes portadores de hemoglobinopatias e coagulopatias hereditárias.
É bom lembrar que não se deve doar sangue para fazer exames, uma vez que o objetivo da doação de sangue é salvar vidas, mas deve-se proteger o paciente para que ele não adquira outra doença na transfusão. Pessoas interessadas em avaliar suas condições gerais de saúde ou esclarecer sintomas, devem procurar atendimento médico nos postos de saúde ou com seus médicos assistentes. Pessoas que estiveram expostas a situações de risco acrescido para aquisição de DST deverão procurar atendimento médico a fim de avaliar os sintomas ou receios e para verificar se serão necessários exames complementares ou apenas acompanhamento. Além disso, existem locais onde é possível realizar exames para pesquisa de doenças sexualmente transmissíveis (DST), gratuita e sigilosamente: os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Em Belo Horizonte existem dois CTAs: Sagrada Família - (31) 3277-5757) - e UAI (31) 3246-7007).
ATENÇÃO: Resultado de exames
A Fundação Hemominas, em cumprimento à legislação vigente que visa a manter o sigilo dos exames de doadores, não envia os resultados por correspondência ou meio eletrônico. A entrega é feita ao próprio doador, mediante solicitação e apresentação de documento de identidade oficial original, com foto. Os resultados poderão, ainda, ser entregues a terceiros, munidos de uma procuração com firma reconhecida, constando a indicação do lugar onde foi passada e, expressamente, a autorização para recebê-los.
A Portaria de Consolidação 05 MS de 28/09/2017 - Anexo IV prevê:
“Art. 31.O sigilo das informações prestadas pelo doador antes, durante e depois do processo de doação de sangue deve ser absolutamente preservado, respeitadas outras determinações previstas na legislação vigente.
§ 1º Os resultados dos testes de triagem laboratorial serão fornecidos mediante solicitação do doador.
§ 2º Os resultados dos testes de triagem laboratorial somente poderão ser entregues ao próprio doador ou, mediante apresentação de procuração, a terceiros”.
O hematócrito é um exame utilizado para medir a quantidade relativa de hemácias no sangue. As hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos, são as células responsáveis pelo transporte de oxigênio no organismo. A dosagem do hematócrito pela metodologia de microhematócrito é considerada com padrão ouro (método de referência) para avaliação de anemia, ou seja, é o melhor método disponível para este diagnóstico. Se for detectada a presença de anemia, o candidato à doação será encaminhado à avaliação médica, a fim de realizar outros exames para identificar a causa (várias condições clínicas podem levar à anemia) e receber o tratamento adequado.
Sim. Os exames laboratoriais realizados pela Fundação Hemominas têm o objetivo de avaliar as condições de segurança de cada bolsa de sangue coletada, visando à segurança do receptor. Situações como a realização de exames em período de janela imunológica, em que a pessoa já está infectada, mas o exame ainda não identifica sua presença; a exposição a situações de risco para aquisição de doenças após a realização dos exames, algumas vezes, mesmo sem o conhecimento da pessoa (p.ex.: parceiro que se expôs a situações de risco), justificam a realização dos exames no dia da doação, permitindo identificar doenças previamente não diagnosticadas.
Compareça à unidade da Hemominas mais próxima de você, com documento de identificação oficial, original, válido e com foto e solicite o resultado dos exames realizados em sua última doação. Esclarecemos que estes resultados, por motivo de segurança e considerando aspectos legais, uma vez que possuem informações pessoais e sigilosas referentes ao doador, não são encaminhados via e-mail, telefone ou Correios, nem ficam disponibilizados no site, para evitar que ocorra uma fragilização da segurança necessária dessas informações de caráter pessoal.
Assim, somente são repassados presencialmente ao doador, através do comparecimento em uma das unidades, com documento de identificação original, oficial, válido e com foto. Os resultados poderão, ainda, serem entregues a terceiros, munidos de uma procuração com firma reconhecida, constando a indicação do lugar onde foi passada e expressamente a autorização para recebê-los.
A Fundação Hemominas é a instituição pública que atua na área de hemoterapia e hematologia. Na hematologia, tem a atribuição de realizar atendimentos para pessoas com hemoglobinopatias (doença falciforme) e coagulopatias hereditárias (hemofilias) no estado de Minas Gerais. Assim, as outras doenças hematológicas no Sistema Único de Saúde (SUS) são atendidas na rede referenciada de cada município.
A legislação vigente determina que serão definitivamente excluídos como doadores as pessoas que se enquadrem em uma das situações abaixo:
- tenham recebido hormônio de crescimento ou outros medicamentos de origem hipofisária;
- tenham recebido transplante de córnea ou implante de material biológico à base de dura-máter;
- tenham história familiar de Encefalopatia Espongiforme Humana (doença de Creutzfeldt-Jakob – mal da vaca louca);
- tenham permanecido no Reino Unido por mais de seis meses, consecutivos ou intermitentes, de forma cumulativa, de 1º de janeiro de 1980 a 31 de dezembro de 1996 ou por 10 ou mais anos, consecutivos ou intermitentes, de forma cumulativa, em Portugal, França e República da Irlanda desde 1980.
- contato domiciliar com triatomíneo (insetos que atuam como vetores na transmissão da doença de Chagas).
- doadores que apresentaram no passado exames reagentes na triagem sorológica, ou detectáveis na triagem molecular, e em segunda amostra.
A lei brasileira que rege a hemoterapia, a portaria 1353 de 2011, do Ministério da Saúde, mudou esse critério e, agora, quem teve convulsões ou epilepsia no passado pode doar desde que seja, pelo menos, três (3) anos após a suspensão do tratamento e sem relato de crise convulsiva no período.
Porque depois dos 10 anos de idade a maior frequência da infecção é pelos vírus B e C, que podem ser transmitidos pelo sangue. Antes dos 10 anos de idade, a hepatite de maior incidência é a hepatite A, como já confirmado em estudos epidemiológicos. A hepatite A, após a cura, não deixa partículas virais ou vírus circulantes no sangue do indivíduo e, por isso, não há impedimentos para a doação de sangue.
Porque algumas doenças podem, apesar de estarem controladas, apresentar a persistência do microrganismo no organismo e serem transmitidas aos receptores, bem como, em alguns casos, a reação imunológica causada pela doença pode causar interferências nos exames de triagem.
A Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) é uma doença de natureza autoimune que se caracteriza pela queda no número de plaquetas no sangue, levando ao aparecimento de equimoses, petéquias ou sangramentos de mucosas. Se tiver ocorrido na infância sem qualquer sequela, a pessoa está apta a doar. Se ocorrida na idade adulta, inaptidão definitiva.
- Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelo coronavírus, após diagnóstico clínico e/ou laboratorial, devem aguardar 30 dias após completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindiquem a doação) para doar sangue;
- Candidatos que tiveram contato com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico/laboratorial de infecção pelo COVID-19 deverão ser considerados inaptos pelo período de 14 dias, após o último contato com essas pessoas;
- Candidatos à doação de sangue que permaneceram em isolamento voluntário, ou indicado por equipe médica, devido a contato com pessoas com sintomas de possível infecção pelo COVID-19 deverão ser considerados inaptos pelo período que dura o isolamento (no mínimo 14 dias), se estiverem assintomáticos;
- Candidatos que apresentam resfriado comum, sinusite, rinite, faringite ou problemas respiratórios devem aguardar 30 dias após o término dos sintomas para doar sangue.
Sim, porque a ansiedade pode ser fator desencadeante de alguma reação indesejável (como por exemplo, a queda de pressão) durante a doação de sangue. No entanto, não há motivos para ansiedade, uma vez que, na triagem, há um profissional preparado para fornecer todas as informações sobre a simplicidade e segurança do processo de doação. Também, na coleta do sangue, o doador é acompanhado todo o tempo por profissionais experientes.
O doador deve estar sem febre, uma vez que esta pode estar relacionada a alguma doença infecciosa passível de transmissão pelo sangue ao receptor. A temperatura será aferida no momento da triagem e não poderá exceder 37° C.
Sim. A exigência da apresentação de um documento de identidade oficial com foto, a cada doação, está contida na legislação que determina o Regulamento Técnico para os Procedimentos Hemoterápicos. Além disso, este é um procedimento que garante a segurança quanto à adequada identificação do candidato à doação evitando que outras pessoas doem em seu nome.
Janela imunológica corresponde ao período em que o organismo já está infectado, mas ainda não produz anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados nos testes da triagem sorológica. O tempo correspondente varia de doença para doença e, com o aperfeiçoamento dos testes existentes e o desenvolvimento de outros, será possível a detecção cada vez mais precoce da infecção. Mas, por enquanto, é ainda na entrevista da triagem clínica que se pode levantar informações sobre situações de risco para janela imunológica. Daí, a importância da sinceridade do doador ao responder as perguntas feitas na triagem..
O candidato à doação deve comparecer em condições plenas de saúde. Assim, se estiver apresentando qualquer sintoma, mesmo que leve, deverá aguardar a melhora para então procurar uma unidade de coleta. Lembrando que a doação é um gesto que permite salvar vidas, mas que não deve e não pode prejudicar a saúde do doador. Para informações sobre quanto tempo aguardar para realizar a doação após apresentar determinados sintomas/doenças, consultar a seção Condições e restrições.
A Hemominas esclarece que, em virtude da pandemia do Coronavírus, o candidato que apresente qualquer sintoma respiratório, mesmo leve, deverá aguardar 30 dias após recuperação para doar.
Os batimentos cardíacos/pulso serão avaliados pelo triagista. Devem ser regulares e estar entre 60 e 100 batimentos por minuto. Fora destes limites apenas a critério médico haverá liberação para doação. Este critério visa à proteção do doador, uma vez que fora destes limites a chance do doador se sentir mal aumenta.
Se a pessoa está sentindo algo diferente ou passou por alguma situação considerada de risco quanto a transmissão de doenças, a primeira conduta a ser tomada é procurar um médico. Somente ele, em uma consulta, poderá avaliar os sintomas ou receios para verificar se são necessários exames complementares ou apenas acompanhamento. Além disso, pode haver a necessidade de a pessoa demandar exames que não são feitos no sangue doado. Não se deve doar sangue para fazer exames. É bom lembrar que o objetivo da doação de sangue é salvar vidas, mas deve-se proteger o paciente para que ele não adquira outra doença na transfusão.
Portadores de hipertensão arterial crônica, desde que com a pressão arterial controlada, em uso de um único medicamento que não contraindique por si a doação e sem alterações de órgão alvo (p.ex.: coração, rins), poderão doar sangue. Assim, para que possa doar, será necessário solicitar ao seu médico assistente um relatório informando sobre suas condições clínicas, tratamento e o acompanhamento realizado. No dia da doação, a pressão sistólica (máxima) deverá estar abaixo de 140 mmHg e a pressão diastólica (mínima) abaixo de 90 mmHg para o procedimento ser autorizado.
Se a pressão do doador costuma ser mais baixa, isso não impede a doação de sangue; ela será avaliada pelo médico antes do procedimento.
Para pessoas sem história de hipertensão arterial, a pressão sistólica (máxima) no momento da doação não poderá exceder 180mmHg. A pressão diastólica (mínima) não poderá exceder 100mmHg.
Para todos os candidatos, a pressão sistólica (máxima) no momento da doação não poderá estar abaixo de 90mmHg e a pressão diastólica (mínima) não poderá estar abaixo de 60mmHg. Estes limites são determinados para proteção do doador, a fim de evitar que ele apresente reações adversas em função da doação.
Ao chegar à Fundação Hemominas para doar sangue, primeiro o doador fará um cadastro. Durante o processo, é importante a apresentação de um documento de identificação oficial, com foto. Feito o cadastro, o candidato à doação passará por uma entrevista com um profissional de saúde que avaliará se está apto a doar ou não, verificando critérios de proteção tanto para o doador quanto para o receptor. A seguir, será realizado um exame para verificar se o candidato possui anemia. Sendo considerado apto em ambas as etapas, o candidato realizará um pré-lanche e efetuará a doação. Os exames restantes (tipagem sanguínea e sorológicos) serão realizados após a doação.Cabe esclarecer que os exames que avaliam a presença de doenças transmissíveis pelo sangue podem apresentar resultados falsopositivos, em função da janela imunológica (ver descrição abaixo). A entrevista realizada antes da doação procura identificar as situações em que o candidato esteve exposto a situações de risco para doenças transmissíveis; caso haja interesse em confirmar esta possibilidade, a sugestão é que se procure um Centro de Testagem Anônima (CTA), onde os testes são realizados de forma gratuita e confidencial, ou um médico da confiança do interessado para obter mais esclarecimentos.
A legislação em vigor exige a apresentação de documento oficial para garantir a autenticidade do cadastro do doador e a segurança de ambos, doador e receptor. Esta exigência visa coibir a apresentação de documentos falsos por parte de pessoas inescrupulosas. Uma doação nessa situação pode trazer riscos aos receptores, uma vez que quem comete uma fraude para realizar a doação pode, também, omitir exposições a situações de risco que favoreçam a aquisição de doenças transmissíveis pelo sangue; essas pessoas podem doar em período de janela imunológica (quando o exame do sangue não é capaz de identificar a presença da doença) e transmitir uma doença ao receptor. Ao mesmo tempo, a doação com documentos falsos poderá dificultar ou impedir que o legítimo proprietário daquele documento venha a realizar novas doações, já que a presença de exames alterados para doenças infecciosas pode impedir a doação de sangue em definitivo.
Porque o candidato à doação deve se encontrar em boas condições nutricionais, a fim de que seu organismo possa responder adequada e prontamente à doação de sangue. O sangue doado é rapidamente reposto, a partir das reservas de líquido, vitaminas e minerais de seu corpo.
Os dados de cadastro devem ser conferidos a cada doação para garantir a possibilidade de contato com o doador, em caso de necessidade de repetição de exames, por exemplo. As perguntas da triagem clínica devem ser todas repetidas para afastar a possibilidade de qualquer alteração, por menor que seja). Nada impede que uma pessoa tenha apresentado uma nova doença, sintomas não esclarecidos ou mesmo ter sido exposta a uma situação de risco, até então não observada, em um prazo de 60 dias. Vale lembrar que todos estes procedimentos são garantia de segurança, tanto para o doador quanto para o receptor do sangue doado.
O descanso prévio é necessário porque o cansaço físico pode favorecer a ocorrência de reações adversas na doação de sangue.
Para segurança tanto do doador quanto para o receptor, a doação de sangue exige uma série de cuidados que vai desde a realização de um cadastro completo, uma avaliação detalhada sobre a saúde do doador e a realização de um lanche pós-doação para reposição da perda líquida ocorrida durante o procedimento.
A idade mínima está relacionada à maioridade legal, quando o cidadão passa a ser o responsável sobre seus atos. A idade máxima relaciona-se a uma maior probabilidade de possuir doenças que possam interferir negativamente na doação de sangue, principalmente sob o aspecto de segurança do doador. Cabe ressaltar que, com a Portaria nº 1.353, de 13.06.2011, do Ministério da Saúde, as idades mínima e máxima para doar sangue foram alteradas, abrangendo, agora, pessoas entre 16 e 69 anos. Mas, atenção: se o candidato à doação de sangue tem entre 16 e 17 ou mais de 69 anos, é importante conhecer as Normas e documentos necessários para doação de sangue.
Para possibilitar a recuperação do sangue doado e, em especial, do estoque de ferro do organismo utilizado na produção de glóbulos vermelhos. Nas mulheres, esse intervalo é maior em virtude da perda de ferro no período menstrual.
Porque durante a crise de alergia o doador tem substâncias (imunoglobulinas) circulando no seu sangue, que podem passar para o paciente e causar reações. Fora da crise, não existem motivos para impedir a doação.
Porque estes sinais e sintomas podem estar associados a infecções bacterianas que podem estar presentes na circulação sanguínea do doador e contaminar a bolsa de sangue, resultando em reações graves nos receptores.
Além disso, diante do atual contexto de pandemia pelo Coronavírus, qualquer desses sintomas pode ser indicativo de Covid 19. O candidato que apresente qualquer sintoma, mesmo leve, deverá aguardar 30 dias após recuperação para doar.
Porque quem recebeu transfusão de sangue há menos de um ano pode estar no período denominado “janela imunológica”, no qual as infecções nem sempre são detectadas nos exames. O prazo de 12 meses para a doação de sangue inclui uma margem de segurança, que considera a variação do período de janela imunológica das diversas doenças transmissíveis pelo sangue.
Porque a doação de sangue, apesar de salvar vidas, pode também transmitir várias doenças a quem recebe o sangue. Os exames para verificar se o doador está com alguma doença não são absolutamente capazes de detectá-la. Por exemplo, a maioria dos exames mede a quantidade de anticorpos (defesa formada pelo corpo na presença de uma infecção) no organismo, mas para que o exame consiga detectar a presença da doença, é necessário que estes anticorpos tenham atingido um determinado valor no sangue. Assim, se uma pessoa adquiriu uma doença há pouco tempo, pode ser que o exame dê resultado negativo, mesmo ela estando infectada. O tempo transcorrido entre a pessoa adquirir uma doença e o exame conseguir identificá-la é conhecido como janela imunológica. Algumas das doenças transmitidas pelo sangue possuem um tempo de janela bastante grande e é por isso que algumas situações impedem a doação por um tempo longo.
A Fundação Hemominas não dispõe de condições para coletar sangue de pessoas com peso inferior a 50 kg. O volume de sangue total a ser coletado é diretamente relacionado ao peso do doador. Para os homens, não pode exceder a 9ml / kg peso e, para as mulheres, a 8ml / kg peso. O anticoagulante presente na bolsa de coleta liga-se ao sangue impedindo que este coagule. A Fundação Hemominas utiliza uma bolsa cujo volume de anticoagulante é padronizado para um mínimo de 400ml de sangue, o que impede a coleta de volumes inferiores provenientes de doadores de mais baixo peso. Existem outros centros de coleta em Belo Horizonte, nos quais você poderá se informar sobre as condições próprias de coleta. Vale lembrar que tão importante quanto a doação é a educação para a doação. Ao convencer outras pessoas sobre a importância do sangue e sensibilizá-las para a doação, promove-se uma grande transformação em nossa sociedade, com mudanças significativas e duradouras no que se refere à saúde e à segurança de todos.
Para doar sangue a pessoa necessita ter e estar com boa saúde. O candidato à doação de sangue passa por uma avaliação detalhada sobre seu passado de doenças, sinais e sintomas atuais, comportamento sexual e social. Assim, algumas situações, mesmo controladas, podem impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. Em caso de qualquer impedimento não há motivo para constrangimento. Se o impedimento for temporário, é só seguir as orientações do triagista e retornar após o prazo solicitado para candidatar-se novamente à doação. Mas, mesmo as pessoas definitivamente inaptas podem contribuir captando novos doadores e disseminando informações sobre a doação.
Na doação de sangue não há modificação significativa no número de plaquetas. O volume de sangue doado é reposto em poucas horas, o plasma em 24 horas e os glóbulos vermelhos entre duas e três semanas. Essa reposição está na dependência de fatores como: tipo e quantidade da alimentação, perdas hemorrágicas, como as menstruais etc. A doação não vicia nem obriga o doador a retirar sangue regularmente. Se isso fosse real, o paciente que perdeu sangue num acidente precisaria doar ou retirar sangue a intervalos regulares!
Somente se a hepatite ocorreu antes dos 11 anos, ou se após os 11 anos, houver comprovação laboratorial da época de que foi hepatite pelo vírus A (exame com IgM positiva para hepatite A). Hepatite B e C são motivo de inaptidão definitiva, independentemente de quando ocorreu.
Quem ainda não sabe seu tipo sanguíneo pode doar normalmente. O sangue doado passa por exames e um deles é o de tipagem sanguínea. 30 dias após a doação, é possível buscar os resultados dos exames feitos no sangue e, desta forma, saberá seu tipo sanguíneo antes das próximas doações.
Devido a pandemia do coranavírus, o agendamento é necessário para evitar aglomerações e para garantir mais segurança aos doadores, pacientes e servidores. Desta forma é possível respeitar o distanciamento entre as pessoas dentro das unidades e tomar os demais cuidados que a situação exige. Agende sua doação no site ou no aplicativo MGapp - Cidadão, selecionando dia, horário e unidade mais conveniente para você!
Algumas vacinas são produzidas com microorganismos vivos atenuados (enfraquecidos) que não causam doença em pessoas sadias. Em algumas situações em que a pessoa encontra-se debilitada, por exemplo, quando em uso de grandes doses de corticoides, em quimioterapia ou com doenças graves como o câncer, a vacina pode levar à ocorrência da doença. Estas vacinas geram um período de inaptidão maior, prevendo-se que a resposta imunológica do receptor já tenha eliminado o microorganismo por ocasião da doação. As vacinas produzidas a partir de microorganismos mortos também impedem a doação, porém, por períodos menores; em virtude da possibilidade de ocorrência de reações adversas nos dias subsequentes à sua administração e de reações cruzadas nos exames sorológicos realizados no sangue doado.
O prazo de inaptidão para doação de sangue após vacinação dependerá da vacina recebida. Para as vacinas disponíveis até o momento, observar os seguintes prazos:
- Coronovac/Sinovac - 48 horas.
- Covishield/Serum/AstraZeneca/Fiocruz - 7 dias.
Orientamos apresentar o cartão de vacinação no dia da doação de sangue. Lembramos que, neste momento de pandemia, profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra a COVID não poderão doar sangue.
Por motivos diversos. Alguns medicamentos podem causar reação alérgica nos receptores do sangue; outros, interferir na ação de medicamentos que o receptor esteja em uso e, por último, porque alguns medicamentos podem facilitar a ocorrência de reações adversas no doador no momento da doação de sangue. Para consulta de medicamentos que interferem na doação, verificar lista disponibilizada na seção Condições e restrições / Usos de medicamentos.
A passiflora e a valeriana não impedem a realização da doação de sangue.
O uso de testosterona com prescrição médica impede a doaçãode sangue por 6 meses; anabolizantes sem prescrição médica, por 12 meses..
A restrição ocorre porque o uso frequente de bebidas alcoólicas pode afetar o fígado que, doente, pode não conseguir produzir adequadamente os fatores de coagulação. Na doação de sangue, a bolsa é fracionada em, pelo menos, três componentes, dentre os quais o plasma fresco congelado (PFC). O PFC é utilizado para repor fatores de coagulação em pessoas que estejam apresentando sangramento anormal. Assim, se o plasma de uma pessoa com doença hepática (doença do fígado) for utilizado, a transfusão pode não funcionar. Além disso, se o doador não estiver produzindo quantidades adequadas de fatores de coagulação, ele também poderá apresentar um sangramento anormal no local da doação, favorecendo ocorrência de hematomas.
O uso de drogas injetadas na veia relaciona-se com frequência à transmissão de infecções, algumas delas graves, e que podem ser também transmitidas pela transfusão de sangue. Alguns estudos mostraram, ainda, a possibilidade de transmissão do vírus de hepatite C, via inalação.
Nestes procedimentos ocorre a perfuração da pele para implantação do pigmento. Mesmo que a agulha seja descartável (utilizada uma única vez), se houver o reaproveitamento de pigmentos, poderá ocorrer a transmissão de algumas doenças infectocontagiosas que podem ser transmitidas pelo sangue, como, por exemplo, hepatite por vírus B, que se caracteriza por uma longa sobrevivência no ambiente.
Dentre eles, destacam-se:
- "Quem doa sangue uma vez, tem que doar sempre".
- "Doar sangue engorda ou emagrece, afina ou engrossa o sangue"
- "Doar sangue dá coceiras".
- "Doar sangue contamina o doador".
É preciso deixar claro que esses mitos, tabus e preconceitos remontam ao início da prática da hemoterapia e não têm nenhum respaldo ou comprovação científica. Essas crenças, que prevalecem ainda hoje em algumas regiões do país, surgem e persistem por causa da desinformação e da herança cultural.
Não, o sangue só pode ser obtido a partir de uma doação e é insubstituível. Existem, no momento, pesquisas para desenvolver substâncias que tenham a mesma ação da hemoglobina humana. No entanto, essas substâncias não substituirão totalmente os componentes obtidos na doação de sangue.
Porque para a produção do leite materno a mulher necessita de grande quantidade de vitaminas e minerais. A doação de sangue nesse período pode precipitar a ocorrência de anemia ou carências de vitaminas pela dificuldade da mulher ingerir as vitaminas e minerais na dose necessária. Quando a criança atinge a idade de um ano, normalmente ela suga uma menor quantidade de leite por dia, já que já ingere outros alimentos. Assim, há uma redução da utilização dos micronutrientes e o impacto da doação de sangue é menor.
Por que a gravidez é um período em que o seu organismo necessita das reservas de vitaminas e minerais para um bom desenvolvimento do feto e que são utilizadas em caso de doação de sangue.
A menstruação por si não impede a doação. Se a pessoa costuma apresentar cólicas intensas, necessitando uso de medicamentos, deve doar em um dia que não esteja apresentando dor.
Após um aborto ou parto normal é necessário aguardar três meses para doar sangue. A cesariana impede a doação por seis meses.
Sim. Os doadores podem gozar dos benefícios da Lei Federal n.º1075, de 27/03/1950 e do artigo 473 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que dispõem sobre a doação voluntária de sangue e permitem a dispensa, uma vez por ano, dos funcionários que tenham doado sangue. Para o candidato que não puder doar, é fornecida uma declaração de comparecimento ao hemocentro para justificar o atraso no comparecimento ao trabalho.
Há muitos anos, no Brasil, a pessoa da qual se coletava o sangue recebia uma quantia em dinheiro. Vários problemas ocorriam, entre eles: algumas pessoas faziam disso um meio de vida, colocando, pelo número de coletas, sua própria saúde em risco. Outras pessoas colhiam sangue e não respondiam a verdade para não deixarem de receber o dinheiro. Tal comportamento colocava em risco a saúde e a vida dos pacientes que recebiam o sangue, uma vez que, mesmo realizando todos os exames, é possível a transmissão de doenças que tenham sido adquiridas recentemente em virtude da chamada janela imunológica. Para reduzir estes riscos, o Ministério da Saúde iniciou um programa de qualidade do sangue, PROIBINDO EXPRESSAMENTE a remuneração do sangue colhido. A condição de voluntário para aquele que doa seu sangue abre as portas para a tranquilidade do doador quanto à preservação da sua saúde e para sua responsabilidade e seu compromisso com as outras pessoas. A partir dessa iniciativa, a hemoterapia, principalmente no que se refere à segurança transfusional, melhorou muito. Hoje, o Brasil, com destaque para Minas Gerais, pode se orgulhar em ter uma das melhores hemoterapias do mundo, com segurança para o doador e para o paciente. Outras informações podem ser obtidas no site da Anvisa.
A Lei 1.075 de 27 de março de 1950 dá direito à dispensa do ponto, no dia da doação de sangue para o funcionário público civil de autarquia ou militar). A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê, em seu artigo 473, que o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada.
A Hemominas não trabalha com a carteirinha de doador, pois para a instituição é mais interessante trabalhar com a entrega dos resultados de exames a cada doação realizada. Os resultados são disponibilizados 30 dias após a doação na unidade onde foi realizada a doação, podendo, também, ser retirado em qualquer outra unidade da Hemominas.
Porque várias doenças transmitidas via relações sexuais são também transmitidas pela transfusão de sangue. Algumas delas podem também demorar a serem identificadas nos exames de sangue. Por isto, o triagista avalia se a pessoa esteve exposta a alguma situação com um risco maior que o habitual para adquirir doenças sexualmente transmissíveis (DST); uma vez que todas as pessoas sexualmente ativas são consideradas sob risco de adquirir uma DST. Não poder doar por uma determinada situação não significa que a pessoa apresente comportamento de risco, que seja de grupo de risco ou promíscua. Significa apenas que ela deve aguardar um prazo de segurança para que, se tiver adquirido alguma doença, o exame consiga detectá-la, protegendo o receptor do sangue.
Algumas cirurgias impedem a doação de sangue em virtude da perda sanguínea a que o paciente foi submetido, o que pode ter reduzido suas reservas de vitaminas e minerais, dificultando a reposição do sangue após a doação. Outras cirurgias impedem a doação pela doença que gerou sua necessidade. O tempo de inaptidão é relacionado à extensão da cirurgia.
Porque o organismo necessita restabelecer suas reservas de minerais e vitaminas para poder responder adequadamente à doação de sangue e refazer o sangue doado. A doação precoce pode prejudicar o doador, causando o retorno da anemia.
Neste 25 de Novembro – Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue – a Hemominas celebra quem traz em si a veia da solidariedade.
Transtorno Bipolar não impede a pessoa de se cadastrar como candidata à doação de medula óssea. O cadastramento pode se feito em qualquer unidade da Hemominas.
Ser portador da Síndrome do Intestino Irritável não impede a pessoa de se cadastrar como candidata à doação de medula óssea.
Para atualizar o cadastro em nosso sistema, é necessário o envio de dados: nome completo, data de nascimento, endereço e telefone.
Para atualizar dados no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) deve-se acessar o link: http://www1.inca.gov.br/doador/
Os candidatos à doação cadastram-se em uma das unidades da Hemominas, onde preenchem alguns documentos e se colhe uma pequena amostra de sangue (5 ml) para que seja feito o exame de compatibilidade. Somente se houver compatibilidade é que a doação de medula se dará efetivamente. Informações e orientações sobre a doação de medula óssea estão disponíveis no site da Hemominas. Pode-se agendar a coleta de amostra nos hemocentros da Fundação, mas o prazo de agendamento não é uma decisão isolada da Hemominas e depende, em primeira instância, da disponibilidade dos laboratórios aptos a realizarem esses exames de alta especificidade técnica e que estejam cadastrados no Ministério da Saúde. Assim como todos os hemocentros públicos brasileiros, a Fundação atua apenas na orientação junto aos candidatos sobre os procedimentos para a doação de medula e na coleta das amostras, encaminhando-as a esses laboratórios. A partir desse momento, os hemocentros não têm mais participação ativa, não recebem os resultados dos exames de Histocompatibilidade (HLA) para determinação do “perfil genético” e não têm acesso ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Cabe ressaltar que tanto o Instituto Nacional do Câncer (ao qual o Redome se subordina) como o Ministério da Saúde estão empenhados em ampliar a capacidade de realização desses exames laboratoriais. Por sua vez, a Hemominas também tem se empenhado administrativamente junto ao INCA e ao Ministério para que essa ampliação de coletas seja possível.
Neste sábado, 18 de setembro, a Fundação Hemominas reverencia os milhares de doadores cadastrados em todo o estado.
REDCap (Research Electronic Data Capture) é uma plataforma segura da web usada para criar e gerenciar pesquisas e bancos de dados online. Ele foi criado em 2004 por pesquisadores americanos e recebe o suporte técnico-científico por meio de um consórcio formado por uma rede internacional, sendo utilizado por mais de 6.000 instituições em 151 países. A Fundação Hemominas obteve licença para uso do REDCap em 2022.
O REDCap é uma plataforma flexível e amigável, ideal para a coleta e organização de dados de pesquisa ou mesmo de atividades gerenciais, não requerendo conhecimentos em programação ou informática. Permite a importação e exportação de dados, a construção de relatórios reprodutíveis e a transferência de dados para os principais softwares de análises estatísticas, garantindo precisão, segurança e rapidez na obtenção de informações confiáveis.
Com o REDCap, os pesquisadores podem criar formulários eletrônicos de coleta de dados personalizados para suas pesquisas, facilitando a coleta de informações em tempo real, com alta qualidade e de maneira segura. A plataforma também oferece ferramentas de validação de dados para garantir a integridade das informações coletadas, e recursos para monitoramento do progresso da pesquisa em tempo real.
Para solicitar o acesso ao REDCap, o servidor da Hemominas deve preencher o Formulário de solicitação de acesso ao REDCap na Hemominas e enviá-lo para o e-mail secretaria.pesquisa@hemominas.mg.gov.br.
A importância do Biobanco
Biobanco é uma coleção organizada de material biológico humano, cujas amostras e suas informações associadas são coletadas e armazenadas para utilização em futuras pesquisas, podendo as amostras serem armazenadas por longo prazo.
Ter um Biobanco é importante porque, com isso, os pesquisadores podem ter uma disponibilidade imediata de amostras para estudar, o que dá mais agilidade na realização de diferentes projetos de pesquisa.
Os Biobancos devem seguir preceitos éticos, e as amostras devem ser cedidas com o consentimento livre e esclarecido dos participantes, respeitando sua privacidade e confidencialidade, e sua decisão quanto à concessão de uso do material biológico. Portanto, as pesquisas a serem desenvolvidas utilizando amostras armazenadas pelo Biobanco da Fundação HEMOMINAS devem ser conduzidas, obedecendo os preceitos éticos e respeitando todos esses aspectos.
Implementado em novembro de 2021, o Biobanco da Fundação HEMOMINAS foi o primeiro a ser aprovado pela CONEP, associado a um hemocentro. Ele dispõe de um regimento próprio, que regulamenta o armazenamento e a cessão de suas amostras. Toda amostra coletada é processada, seguindo a padronização de materiais da HEMOMINAS e Procedimentos Operacionais Padrões (POP) e identificada por código de letras e número para manter o sigilo e confidencialidade do participante.
Cabe à Comissão de Gerenciamento do Biobanco a avaliação de propostas de uso de amostras biológicas nele armazenadas, mediante a requisição pelos pesquisadores para desenvolvimento de projetos de pesquisa específicos. As amostras do Biobanco da Fundação HEMOMINAS estão disponíveis para pesquisas tendo a Hemominas como instituição proponente ou parceira.
Coleção Doadores de sangue aptos clínicos e sorológicos
Amostras de doadores de sangue são importantes porque são indivíduos considerados saudáveis, com um conjunto de informações associadas. Suas amostras são usadas em diferentes tipos de pesquisas, geralmente como grupo controle negativo (sem alguma doença ou infecção). Essas amostras são muito importantes também nas pesquisas que visam desenvolver e validar testes diagnósticos e podem ser importantes em investigações sobre a dinâmica populacional de epidemias ou doenças.
As amostras de doadores de sangue aptos clínicos e sorológicos são amostras bem caraterizadas quanto a não reatividade para as infecções atualmente triadas na doação de sangue (HIV, HCV, HBV, HTLV, Sífilis e Doença de Chagas) e, muitas vezes, podem ser utilizadas como grupo controle negativo.
O Biobanco da Fundação HEMOMINAS dispõe de uma coleção de amostras de doadores de sangue aptos clínicos e sorológicos e suas informações associadas, conforme caracterizada abaixo. Compõe a coleção 50,6% doadores do sexo masculino e 49,4% do sexo feminino, com média de idade de 37 anos.
| Características da coleção | |
| População | Doadores de sangue aptos na triagem clínica e sorológica |
| Origem | Coleta específica para o Biobanco |
| Instituição de coleta | Fundação Hemominas |
| Local de coleta | Hemocentro de Belo Horizonte |
| Início da coleta | 10/11/2021 |
| Fim da coleta | 27/06/2023 |
| Quantidade de amostras | 698 |
| Coleta com TCLE | Sim |
| Amostras coletadas | Sangue total em EDTA e em gel separador (soro) |
| Registro das amostras | Codificadas como BDA + nº |
| Local de processamento das amostras | Laboratório do Serviço de Pesquisa e Laboratório NAT |
| Tipos de amostras armazenadas | Soro, plasma, DNA celular de leucócitos, DNA/RNA livre no plasma |
| Condições de armazenamento | Tubos criogênicos armazenados em freezer a -80°C |
| Autorização de acesso | Amostras disponíveis para pesquisas, tendo a Hemominas como instituição proponente ou parceira |
| Volume | variável (máximo de 800 µL) |
| Kits usados na extração de DNA celular e DNA/RNA livres no plasma | Marca, modelo, lote e validade |
| Qualidade das amostras de DNA celular | Concentração (ng/µL) e pureza (taxa 260/280 nm) |
| Informações associadas | |
| Necessidade de contato a cada uso: opção escolhida pelo participante | |
| Nº matrícula e nº da doação: informações sigilosas. Serão utilizadas pelos responsáveis do Biobanco caso seja necessário obter outra informação registrada do doador (após justificativa e aprovação). | |
| Nome do participante, endereço e telefone para contato: informações sigilosas. Serão disponibilizadas caso seja necessário contato para pedir autorização de uso da amostra e/ou repasse de resultado relevante. | |
| Sexo | Altura |
| Idade | Pesquisa de anticorpo irregular positiva ou negativa |
| Data de nascimento | Valor Hemoglobina |
| Escolaridade | Se é portador de HbS |
| Profissão | Grupos sanguíneos ABO e Rh |
| Cidade, Estado e País de nascimento | Se tem teste para D fraco e resultado |
| Cidade, Estado e País de residência | Se tem teste para CDE e resultado |
| Se é doador de primeira vez | Se é fenotipado para grupos sanguíneos |
| Nº de doações aptas | Alelos na fenotipagem eritrocitária |
| Peso | Se tem fenótipo raro |
| Todos as amostras são não-reativas nos testes sorológicos: HIV-1/2; HTLV-1/2; HCV; Sífilis; Doença de Chagas; HBc; HBsAg; NAT HBV; NAT HCV; NAT HIV | |
Como solicitar amostras armazenadas no Biobanco
O Biobanco da Fundação HEMOMINAS dispõe atualmente de amostras da Coleção doadores de sangue aptos clínicos e sorológicos.
Para solicitar amostras dessa coleção, o pesquisador principal da pesquisa na qual as amostras serão utilizadas deverá enviar à Gerência do Biobanco, pelo e-mail biobanco@hemominas.mg.gov.br, a seguinte documentação:
1- Formulário de solicitação de amostras armazenadas no Biobanco da Fundação HEMOMINAS, devidamente preenchido, com especial ênfase na justificativa para uso das amostras.
2- Parecer emitido pelo CEP-HEMOMINAS atestando que o projeto de pesquisa coordenado por ele está aprovado. Caso o projeto de pesquisa ainda não tenha sido aprovado pelo CEP-HEMOMINAS, a solicitação será avaliada, mas a liberação das amostras, se autorizada, só poderá ser efetivada após a aprovação ética do projeto.
IMPORTANTE: Somente serão avaliados pedidos para uso de amostras para projetos de pesquisa com participação da Fundação HEMOMINAS que já tenham sido tramitados no Serviço de Pesquisa. O projeto e o cadastro de pesquisa ou Plano de Trabalho tramitados no Serviço de Pesquisa serão disponibilizados à Comissão de Gerenciamento do Biobanco como suporte para a avaliação do pedido. Os membros da Comissão têm o compromisso de manter em sigilo e confidencialidade quaisquer informações contidas nos projetos de pesquisa avaliados.
A Comissão de Gerenciamento do Biobanco irá avaliar a solicitação do pesquisador, considerando a relevância do projeto de pesquisa e a justificativa para uso das amostras da coleção, haja vista a garantia da preservação do acervo, a priorização do seu uso social e científico e o risco de esgotamento desnecessário das amostras do Biobanco. Essa Comissão poderá decidir pela não disponibilização, pela disponibilização parcial ou pela disponibilização integral do tipo, quantitativo e volume de amostras solicitadas. O pesquisador solicitante será informado da decisão da Comissão de Gerenciamento do Biobanco por e-mail.
Saiba como desenvolver pesquisas na Fundação HEMOMINAS acessando o link
Ensino e Pesquisa / Pesquisa Científica / Fluxo de desenvolvimento de pesquisa
Cessão de amostras do Biobanco
Havendo autorização de cessão de amostras, será agendada junto ao pesquisador a retirada das amostras no Biobanco da Fundação HEMOMINAS. O pesquisador principal deverá preencher e assinar o Termo de Compromisso do Pesquisador sobre recebimento de amostras do Biobanco da Fundação HEMOMINAS, que deverá ser entregue no ato de recebimento das amostras.
As amostras serão entregues diretamente ao próprio pesquisador principal ou à pessoa por ele delegada por meio de documento original assinado e datado. O pesquisador receberá cópia do Termo de liberação de amostras, assinado pelo Gerente do Biobanco, contendo as informações sobre as amostras cedidas. O pesquisador deverá se responsabilizar por todo o material necessário para o transporte das amostras, de modo a garantir a sua preservação e biossegurança.
Toda produção científica gerada durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa realizado com as amostras cedidas pelo Biobanco da Fundação HEMOMINAS deverá, obrigatoriamente, mencionar a HEMOMINAS pela cessão das amostras
Equipe Operacional
1. Marina Lobato Martins – Gerente
2. Cristina da Cunha Naghetini – Secretária
3. Stela Vidigal Milagres Galvão - Técnica operacional
4. Hélinse Medeiros Moreira – Técnica operacional
Comissão de Gerenciamento
1. Kíssyla Christine Duarte Lacerda – Coordenadora
2. André Rolim Belisário
3. Felipe Carlos Brito de Souza
4. Janaína Patterson Nogueira
5. Maria Clara Fernandes da Silva Malta
6. Marina Lobato Martins
8. Milena Batista de Oliveira
9. Priscila Cezarino Rodrigues
Local do Biobanco
Serviço de Pesquisa - Hemocentro de Belo Horizonte, Fundação HEMOMINAS
Alameda Ezequiel Dias, 321. Bairro Santa Efigênia. 30130-110
Belo Horizonte – Minas Gerais
Contatos
Secretaria do Serviço de Pesquisa
E-mail: secretaria.pesquisa@hemominas.mg.gov.br; biobanco@hemominas.mg.gov.br
Telefone: (31) 3278-4587
Marina Lobato Martins
E-mail: marina.martins@hemominas.mg.gov.br
Kíssyla Christine Duarte Lacerda
E-mail: kissyla.lacerda@hemominas.mg.gov.br
Aberto aos servidores e ao público em geral com interesse no tema, a Fundação Hemominas inaugura, no dia 19 de fevereiro, a edição dos Webnários de 2025.
Em novo horário – das 18h às 19h – o tema será Atendimento odontológico aos pacientes com coagulopatias hereditárias e doença falciforme.a cargo da
A palestrante será a cirurgiã dentista do Hemocentro de Uberlândia – Dra. Liliana Rodrigues Ferreira – que trabalha na Fundação Hemominas já há 11 anos. Formada pela Universidade Federal de Uberlândia-UFU-2007, a palestrante é especialista em ortodontia e atuou por sete anos como dentista do Programa Saúde da Família.
Link de acesso: https://meet.mg.gov.br/webinariohemominas.
Para que se possa desenvolver qualquer pesquisa na Fundação, é preciso que o projeto seja analisado e aprovado, de acordo com o fluxo informado no endereço https://www.hemominas.mg.gov.br/fluxo-de-desenvolvimento-de-pesquisa
A Fundação Hemominas possui uma biblioteca aberta para consultas, de 08h às 18h, no Hemocentro de Belo Horizonte - Alameda Ezequiel Dias, 321, tel.: (31) 3768-4513 / biblioteca@hemominas.mg.gov.br - onde tais informações podem ser buscadas.
E-Lab Digital - I Simpósio Virtual da Gerência de Laboratórios da Fundação Hemominas - ocorreu nos dias 1º e 2 de setembro.
Primeira fase do estudo, autorizado pelo Conep, irá recrutar 60 homens que já se curaram da infecção Covid-19.
O desenvolvimento do trabalho de formação do doador do futuro é possível, desde que a Fundação tenha condições para sua realização. Os próprios alunos podem solicitar a palestra; no entanto, é necessário um encaminhamento formal da escola (direção ou professor) para que a solicitação seja atendida. No menu unidades, pode-se entrar em contato com a unidade mais próxima da cidade interessada.
Não só é possível, como muito importante. Em Belo Horizonte, entrar em contato com o Serviço de Captação do Hemocentro de Belo Horizonte - (31) 3768 4516 / 4517 - ou com o Serviço de Captação do Posto de Coleta no Hospital Júlia Kubitschek - (31) 3336 0880, região do Barreiro. No interior, consultar o menu Unidades, onde estão disponibilizados telefones e endereços de todas as unidades da Fundação Hemominas.
Deve-se entrar em contato com o Serviço de Compras pelo endereço eletrônico: compras@hemominas.mg.gov.br ou tel (31) 3768 7463.
Nos últimos anos, houve uma grande evolução nas técnicas utilizadas para a realização de transplantes, e a que usa o sangue de cordão umbilical tem sido cada vez menos utilizada, pois na maioria dos casos há uma opção melhor e mais segura para os pacientes. Assim sendo, as atividades do banco de sangue de cordão umbilical da Fundação Hemominas foram descontinuadas, como as dos demais bancos públicos.”
É possível promover coletas de sangue em municípios próximos às unidades da Hemominas. Para realizar esse trabalho é necessário avaliar a distância, número provável de candidatos à doação, local para montagem do "posto de coleta", dentre outros.
É necessário contatar as unidades da Fundação e agendar, com antecedência, a provável data da coleta, bem como verificar a existência de um espaço no local, a ser avaliado por um técnico da Hemominas, segundo as exigências da Vigilância Sanitária. Deve-se observar características como: espaços para recepção de candidatos e realização de triagem médica, coletas, mobiliário (cadeiras e mesas), pontos de luz e energia, banheiros, entre outros, além de um pré-trabalho de divulgação e sensibilização para a doação. Será necessária a assinatura do Termo de Compromisso, pelas partes. Também, a coleta não deverá ocorrer simultaneamente com datas festivas desvinculadas do propósito de salvar vidas como Rua do lazer, Ações Integradas de Cidadania etc. O não cumprimento das solicitações feitas poderá tornar o local inadequado às atividades e, consequentemente, levar ao cancelamento da coleta. Se, no momento da coleta, for detectado algum problema que cause transtornos ao andamento das atividades (fluxo de atendimento, calor excessivo, falta de água ou energia, não funcionamento de tomadas elétricas, etc), serão propostas soluções. Caso não seja possível, a coleta será cancelada ou interrompida.
A Hemominas pode disponibilizar aos interessados folhetos a serem distribuídos entre amigos, familiares, entre outros. Caso se consiga reunir mais pessoas para doar, pode-se agendar o procedimento em qualquer das unidades da Fundação. Com o agendamento, os candidatos à doação de sangue têm prioridade no atendimento, dentro da data e horário marcados.
Os serviços de Hemoterapia, devido à sua alta complexidade e alto nível de segurança exigido, determinam a necessidade de uma estrutura própria em equipamentos, recursos humanos especializados, rede física adaptada aos padrões previstos em normas específicas, dentre outros critérios, tudo isso a um alto custo financeiro. Desta forma, é impossível a instalação de uma unidade hemoterápica em cada município, o que representaria um ônus considerável para os cofres públicos municipais e estadual, considerando, ainda, todo o processo de implantação e manutenção do serviço. Por isso, a Fundação Hemominas adota o sistema regionalizado para atendimento da demanda de Hemoterapia e Hematologia em Minas Gerais, a exemplo de organizações nacionais e internacionais, considerando a importância de direcionamento dos recursos de investimento para a estruturação de redes assistenciais funcionais e resolutivas. Para tanto, possui 22 unidades e seis Postos Avançados de Coleta Externa (PACE) espalhadas no estado, coordenadas pela Administração Central (BH), formando uma rede de cooperação integrada que garante os benefícios da atividade a todos os municípios. Outras informações poderão ser obtidas na Diretoria Técnico-Científica, na sede administrativa, em Belo Horizonte, telefone (31) 3768 7494.
Deve-se procurar a unidade da Hemominas mais próxima, onde serão fornecidas orientações sobre o assunto.
A Fundação Hemominas é a referência no tratamento e acompanhamento de pacientes portadores de coagulopatias hereditárias no estado de Minas Gerais. A hemofilia é uma das mais frequentes dessas coagulopatias. O atendimento realizado nas unidades da Fundação engloba uma equipe multiprofissional (médicos hematologistas, infectologistas, fisioterapeutas, fisiatra, ortopedista, psicólogos, pedagogos, enfermeiros, assistente social, dentista). O tratamento de reposição de fatores é realizado com hemoderivados distribuídos pelo Ministério da Saúde. Além disso, em algumas unidades são desenvolvidos programas de integração social como curso de artesanato, artes, alimentação alternativa, educação de jovens e adultos não alfabetizados e semialfabetizados cadastrados no ambulatório etc.
O Programa de Estágio para estudantes de Nível Médio Técnico e Superior da Fundação Hemominas encontra-se suspenso.
A Fundação não cadastra currículos por e-mail. A composição do quadro de funcionários da Hemominas se dá por meio de concurso público ou processo seletivo para contratação temporária. Recomenda-se ficar atento ao sítio da Fundação no qual são divulgadas todas as informações a esse respeito, bem como a forma de cadastramento curricular.
Respostas às dúvidas frequentes enviadas pelos cidadãos à Hemominas por meio dos canais de atendimento: fale conosco, redes sociais, portal da transparência, entre outros.
Caso a dúvida ainda permaneça, você pode utilizar o Fale Conosco. Uma orientação no prazo de 48 horas será devolvida para o seu e-mail.
OUTRAS DÚVIDAS
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REFERÊNCIAS
- Manual de Normas e Procedimentos de Atendimento ao Doador – Fundação Hemominas
- Telelab: Captação de Doadores de Sangue – Brasília: Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. 2001.